Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Apostila de Artes do 3º Período
9º ano do Colégio Plínio Leite
Thamires Marques

A ARTE BARROCA NO BRASIL

Barroco brasileiro desenvolveu-se do século XVIII ao início do século XIX, época em que na Europa esse estilo já havia sido abandonado.

Um só Brasil, "vários" Barrocos.

O Barroco brasileiro varia de uma região para outra. Nas regiões que enriqueceram com a mineração e o comércio de açúcar – Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco -, encontramos igrejas com talhas douradas e esculturas refinadas, feitas por artistas de renome. Já nas regiões onde não havia açúcar nem ouro - como São Paulo -, as igrejas apresentam trabalhos modestos de artistas menos experientes.

Profundamente ligado a religião católica, o Barroco brasileiro está presente até hoje em inúmeras igrejas construídas em todo o pais. Mas está também em muitas outras construções, como prédios públicos , moradias, chafarizes (são construções que fornecem água a população ou servem de ornamento, fontes).

O Barroco de Pernambuco

A partir de 1759 Recife teve grande crescimento econômico. Entre suas construções barrocas mais bem cuidadas está a igreja de São Pedro dos Clérigos.

O Barroco da primeira capital do país

Na segunda metade do século XVII, Salvador era o centro econômico da região mais rica do Brasil e também a capital do país. Aí encontramos igrejas riquíssimas, como a de São Francisco.

O Barroco do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro só viria a ter destaque econômico e cultural com o início da extração de ouro em Minas Gerais, no século XVII. Com seu porto, a cidade passou a centro intercâmbio entre a região da mineração e Portugal. Em 1763, tornou-se a nova capital do país. A partir daí, foram erguidas muitas construções.

A escultura barroca do Rio de Janeiro contou com artistas portugueses e com um brasileiro em especial: Mestre Valentim (1750-1813), tão respeitado quanto Antônio Francisco Lisboa, nosso artista barroco mais conhecido e admirado. Mestre Valentim foi também paisagista, mas suas obras mais bem preservadas são as que fez para igrejas, como a da Ordem Terceira do Carmo, a de São Francisco de Paula e a de Santa Cruz dos Militares.

O Barroco de uma região pobre: São Paulo

Fundada no século XVI, a cidade de São Paulo e seus arredores não tiveram o me desenvolvimento que outras regiões no período colonial. No século XVII, os paulistas organizaram as bandeiras e seguiram para Minas Gerais, lançando-se às atividades de mineração. Enquanto isso, São Paulo permaneceu estagnada por todo o século XVIII, e as ordens religiosas apenas ergueram modestas igrejas barrocas.

Hoje há poucas construções barrocas na cidade de São Paulo. Delas, destaca-se o conjunto formado pela igreja e pelo convento de Nossa Senhora da Luz.

As esculturas do Barroco paulista são muito simples: em razão da pobreza da cidade, nenhum artista de renome ia para lá. Por isso as imagens são, em geral, rústicas, primitivas, feitas de barro cozido.

A pintura barroca em São Paulo também traz traços de simplicidade.

O Barroco mineiro: tem início uma arquitetura brasileira

Foram os bandeirantes paulistas que desbravaram as terras mineiras, começaram a explorar ouro e pedras preciosas e fundaram os primeiros arraiais da região de Minas Gerais.

Um desses bandeirantes foi Antônio Dias, que em 1698 chegou a Vila Rica, hoje Ouro Preto.


Desde essa época, vilarejos como Mariana, Sabará, Congonhas do Campo, São João del Rey, Caeté e Catas Altas começaram a desenvolver-se e a construir seus primeiros edifícios importantes.

A arte barroca em Ouro Preto

A evolução da arquitetura mineira não foi rápida. Primeiro tentou-se utilizar a técnica construtiva paulista da taipa de pilão. O terreno mineiro, porém, é duro e pedregoso, pobre em terras argilosas. Mais tarde tentaram outros processos até chegar às construções com muros de pedra.

Com o tempo, as diversas técnicas de construção foram combinadas harmoniosamente com a rica decoração interior. Essa integração teve seu auge em Minas Gerais, com Antônio Francisco Lisboa (1730-1814).

Na pintura do Barroco mineiro destaca-se Manuel da Costa Ataíde. Sua pintura nos tetos de igrejas revela excepcional do domínio da perspectiva. Mas seu talento também pode ser visto nas telas e nos painéis pintados para as sacristias e as paredes laterais. Ataíde fez pinturas para a igreja de Santo Antônio, em Santa Bárbara, e para a igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Mariana, além da igreja de São Francisco, em Ouro Preto.

Antônio Francisco Lisboa (o Aleijadinho): o principal escultor do Barroco do Brasil

Além de arquiteto e decorador de igrejas, Antônio Francisco Lisboa foi escultor. Existem inúmeras obras suas em museus e igrejas, principalmente de Ouro Preto. Mas é a cidade de Congonhas do Campo que abriga seu importante conjunto escultórico.

Na ladeira à frente da igreja foram construídas seis capelas, três de cada lado. Em cada uma delas, um conjunto de estátuas de madeira em tamanho natural narra um passo a passo da paixão de Cristo.

Há ainda inúmeras obras de artistas anônimos espalhadas pelas diversas regiões do país, isso confirma a importância do Barroco na nossa história como um marco do início de uma arte que procura afirmar seu próprio valor.




Biografia:
Olá!! Eu amo batatas? Sim!!
Número de vezes que este texto foi lido: 52816


Outros títulos do mesmo autor

Juvenil Apostila de Artes do 3º Período Thamires Marques


Publicações de número 1 até 1 de um total de 1.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 68980 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57901 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56729 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55804 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55057 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 54980 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54858 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54850 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54755 Visitas
O TEMPO QUE MOVE A ALMA - Leonardo de Souza Dutra 54720 Visitas

Páginas: Próxima Última