Por John Piper
Tenho lido "Uma História das Missões Cristãs" de Stephen Neil. É algo impressionante ser apanhado no espírito daqueles primeiros séculos quando o Cristianismo se espalhou por toda parte por inúmeros e desconhecidos santos por culturas totalmente pagãs. Em 300 d.C., não havia parte do Império Romano que não houvesse sido de alguma forma penetrada pelo Evangelho. Quais fatores humanos Deus ordenou para fazer surgir este incrível Movimento Cristão? Stephen Neil sugere seis.
O primeiro e principal foi a ardente convicção que tomou conta de um grande número dos cristãos primitivos. O historiador da igreja Eusébio de Cesareia (260-340 d.C.) descreveu a forma pela qual o evangelho se espalhou:
Naquela época [no começo do segundo século] muitos cristãos sentiram suas almas inspiradas pela santa palavra com um desejo apaixonado de perfeição. Sua primeira ação, em obediência às instruções do Salvador, foi vender todos os seus bens e distribuí-los aos pobres. Então, deixando suas casas, se prepararam para cumprir a função de um evangelista, tornando sua ambição a pregação da palavra da fé àqueles que ainda não haviam ouvido nada dela, e o comprometimento aos livros dos divinos Evangelhos. Eles se contentavam simplesmente em lançar os fundamentos da fé entre esses povos estrangeiros: então nomearam outros pastores, e deram a eles a responsabilidade de edificar aqueles que eles tinham apenas trazido para a fé. Assim sendo, eles seguiram para outros países e nações com a graça e ajuda de Deus (História Eclesiástica, III, 37, 2-3).
A sólida mensagem histórica que os cristãos traziam era, de fato,boas notícias, e uma alternativa bem-vinda às religiões de mistério daquele dia.
As novas comunidades cristãs eram elogiadas pela pureza de suas vidas.
As comunidades cristãs eram marcadas pela lealdade mútua e uma superação de antagonismos entre as classes alienadas.
Os cristãos eram conhecidos por um desenvolvimento elaborado do serviço de caridade, especialmente àqueles dentro da comunidade. O Imperador Juliano, escrevendo no início do século quarto, lamentou o progresso do Cristianismo porque afastava as pessoas dos deuses romanos. Ele disse,
Ateísmo [isto é, a fé cristã] tem avançado particularmente através do serviço prestado em amor a estranhos, e através do cuidado com o enterro dos mortos. É um escândalo que não haja nenhum único judeu que seja um mendigo, e que os galileus ateus não somente cuidam de seus próprios pobres mas dos nossos também; enquanto aqueles que pertencem a nós buscam em vão pela ajuda que devíamos dar a eles.
A perseguição de cristãos e sua prontidão a sofrer teve um impacto dramático nos não-cristãos. Neil observa, “Sob o Império Romano, os cristãos não tinham nenhum direito legal de existir ... Todo cristão sabia que, mais cedo ou mais tarde, ele teria que testemunhar a sua fé e que isso iria custar sua própria vida”.
Aqui estamos no final do segundo milênio. Que Deus levante centenas de milhares de cristãos e comunidades cristãs super-comuns com esse tipo de paixão.
Pastor John
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