As ações buscam desesperadamente ocultar
O segredo que o mundo não pode saber
Mas hei, menina, não esquece que a janela está sempre aberta
E que através dela, o universo pode assistir-te com nitidez.
Põe rápido uma cortina
Mas o vento pode ainda bater
E despir a janela
Desnudando novamente
O segredo que escondes.
Só há uma solução, menina
É fechar a janela
E não mais permitir que a luz da manhã entre
Para iluminar os cantos escuros
Nem que o vento venha
Arejar aquilo que abafado estava.
Porém, terás de abrir mão de algo mais, menina
Como a bailarina que o palco abandona
Logo que as cortinas se fecham
Assim terás de agir
Sair de cena
E fechar os olhos
As janelas da alma
Para nunca mais abri-los.
Desta maneira permitirás
Que seu segredo seja visto
Apenas estampando
As arestas do infinito...
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