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Dois caboclos sacudidos
André Francisco Gil

João Fardeloni:- João Gil você não dura muito não
problema ficacumulando
pois ele acabou escapando
do tridente do cramulhão
e nem sempre se mama na teta
e nem sempre se chupa a uva
se o boi tem a cara preta
a sua cara também não ajuda.

João Gil:-João Fardeloni sua sorte já partiu
ela foi de navio para a putaquepariu
perdida no meio do mato
igual pangaré lotado de carrapato
vida simples é vida boa
mas você que leva a vida à toa
tá sempre pagando o pato.

João Fardeloni:-João Gil "véio" gaiato
é como um dia ensolarado
é como uma noitenluarada
é um peido dado no mato
que mais parece uma cagada
depois de algum tempo no roçado
fede mais que bosta de vaca.

João Gil:-João Fardeloni pescador de lagoa
caipirão quebra côco
caça rã na taboa
pra vender o couro
na soleira da porta
da humilde choupana
tem um monte de rã morta
ainda diz que é bacana.

João Fardeloni:-João Gil fala que é violeiro
mas não passa de papudo
com sua mãos de açougueiro
esfola o pobre instrumento
quando diz tocar de tudo
o povo só ouve lamento.

João Gil:-João Fardeloni volta a fazer o suficiente
volta a pensar bastante
volta a tocar profundamente
deixa a arrogância de lado
e se tornar um pouquinho mais gente
porque já começou o esfola-macaco.

João Fardeloni:-João Gil aceite a si mesmo
aceite o diferente
porque com essa cara de torresmo
vão papar você com aguardente
ouça um babado novo
mas não seja baba do povo
essa sua cara feia dá nojo.

João Gil:-João Fardeloni sartei na braquiária
você vem com conversa besta
vá cuidar do seu amarelão
porque se não for gripe aviária
é cara de bunda
doido pra dar um cagão.


Biografia:
André Francisco Gil poeta ipaussuense radicado na capital paulista com muita coisa escrita mas ainda engavetada.Textos editados em publicações esporádicas do interior e de alguns fanzines da vida.Almejei uma oportunidade e eis que a chance surgiu.Graças a este espaço vou ver meu poema ganhar asas.Lindo voo.
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