Por que escrevo?
Por que escrevo, e por que bebo em qualquer cântaro num canto alhures? Por ter juízo de menino, quiçá, pudera possuir acurado olhar aquilino, porém, vou além: nada há que me desventure. Por que falo e penso tanto, por que sou um “troiano-grego-sacripanta”? Por que segrego o segredo de ser santo? Por que me dói a junta do dedo a qual me faz desmanchar em prantos? E por que tantas arapucas? São milhões de perguntas, todas fajutas, quais fundem a minha pobre cuca... A vida é um mistério levado muito a sério, ou ignorado pelo ignorante do lado, rico ou esfarrapado, com pé de ouro, ou de pé rapado. Na verdade somos guiados, ou inspirados por forças ocultas; dos sábios ocultadas para ter graça, e que a graça divina nos grassa, ultrapassando a nossa retina que tanto quer enxergar a própria sina que passa, e às vezes vê somente a desgraça. Dos olhos, pequeninas meninas a vislumbrarem a vida vinda com suas surpresas elegantes e findas, às vezes um fino barbante a nos segurar nesta vida constante de dúvidas divinas, como cartas baralhadas sobre a mesa. Mas nesta pobre riqueza, a vida me traz belas surpresas, pois, quando sinto o amor me abraçar em raros momentos, lamento não merecê-lo em meus velhos tormentos.
É por isso que escrevo!
jbcampos
http://escritorjb.wordpress.com/
|