SINTOMAS
De tudo que entre nós se passou,
a mim alguns sintomas restou.
É na lagrima furtiva,
que recorro a manga da camisa.
É nas vezes que me falta o ar,
que corro para varanda,
a Natureza admirar,
e assim me acalmar.
É quando aperta têmpora,
que cerro os olhos,
para aplacar a dor
ensurdecedora.
É quando os pensamentos
se transformam em um turbilhão,
que recorro a S. Jorge,
numa prece que parece
mais uma expiação.
É quando da tristeza profunda,
me socorro da musica só tocada,
para tentar refazer,
minha vida mais fecunda.
É da saudade imensa,
que é tão intensa,
que acendo um incenso,
para tentar me interiorizar.
É de tantos outros sintomas,
que agora não consigo lembrar,
que então na poesia,
tento me conformar.
É sem a minima vergonha,
que aqui me expresso,
vou a vida seguindo,
sem saber para onde
estou indo.
M . A. Tisi
(01/07/2012)
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