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Texto selecionado
Uma triste esperança... |
Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira |
Acalento em meu peito uma triste esperança...
Sonho com o dia em que o desamor
Se tranforme em estima e importância
E que, num forte abraço, eu possa esquecer a dor
A dor da indiferença daquele de quem carrego o sangue nas veias
A dor pelo abandono afetivo e por ele ter me ignorado a vida inteira
A dor por eu nunca ter recebido uma explicação
A dor por ele ter gerado uma ferida em meu coração
De pai, eu não posso chamá-lo,
Visto que ele nunca esteve ao meu lado
Dele, eu nunca recebi amor
Apenas seus genes, ele me doou
Ainda assim, eu desejo encontrá-lo um dia...
Mesmo que ele nunca queira me chamar de filha
Mas ele não pode negar que me gerou
Pois sua aparência, em mim, ficou
Tão semelhantes, tão distantes...
Ele nunca me procurou
Eu tentei me aproximar, vacilante,
E um muro de indiferença se levantou
Agora, choro sozinha...
Como num eterno luto
Pois, desde criancinha,
Sonhei que era doce quem, na verdade, é um bruto
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Biografia: Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira nasceu em Belém do Pará, em 1980. Desde cedo, demonstrou sua paixão pelas artes. Apreciava ficar longas horas na sala de leitura de sua antiga escola e gostava de interpretar e de participar de concursos de desenhos.
Atriz amadora, professora de Língua Portuguesa e poetisa. Atuou no teatro infantil com as peças: "O papagaio de volta para casa" (1999), na qual foi atriz e produtora musical, e em " Tirando onda das férias" (2010), na qual foi roteirista e manipuladora de bonecos.
Em 2000, iniciou a graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará. Já em 2005, o foco passou a ser a pós-graduação, o MBA Corporativo de Consultoria Avançada em Gestão de Pessoas, da Faculdade Ideal em parceria com a Estratego. Atuou no programa menor aprendiz da Associação Proativa do Pará e foi instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.
O ano de 2007 foi muito significativo, pois foi o ano em que a professora Maria Cleide passou a lecionar nas prisões. Seguindo a concepção freireana, a "professorinha", como era carinhosamente chamada por seus alunos, colocou em prática os princípios de amor, solidariedade, superação e esperança. Criou, também, a personagem Beijoca e toda a sua turma para animar as visitas infantis nas brinquedotecas das penitenciárias.
Atualmente, reside na Cidade Modelo, Castanhal, onde leciona Língua Portuguesa na Escola Latif Jatene e atua como instrutora do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial.
Participa dos seguintes sites literários: Autores.com.br, Recanto das Letras, Poetas del Mundo, O Melhor da Web, Mar de Poesias, Luso Poemas, Texton e Portal Cá Estamos Nós. |
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