me pego outra vez solitário
escrevendo palavras ao vento
sem silêncio, invadido pela brisa
num sombrio anoitecer,
espectativa de acontecer,
o que mais não é normal
palavras que sem igual
mostrar uma certeza de que podemos ser
um escritor de manha de tarde, ao anoitecer
pra que sentir medo?
se não sei ao que temer!
pra que viver?
acho que Deus assim quer!
então vivo... e digo...
obedeço ... vivo escrevendo
minhas palavras ao vento
dizem o que sinto neste momento
alegria, amor, saudade...
mas pra que? por quem? de quem?
sei lá, me encontro num pensamento vário
inspiração de um poeta
às vezes vem assim do nada
anoitinha, surdina idéia que completa
um racíocinio; poeta atleta
que faz exercícios com palavras
que fica em forma, sob um tema
sendo poesia ou poema!
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