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É a indiferença um sentimento...?
Lydio Costa Reis Filho

Resumo:
Não consigo entender a indiferença como um sentimento.

Meu pensamento -- É a indiferença um sentimento...?


É frequente ouvir a afirmação: "A indiferença é o pior dos sentimentos."

Bem..., a meu ver, uma definição muito questionável.

Não acho que a indiferença seja um sentimento, mas sim, a ausência dele.

Nenhum dicionário a classifica como um sentimento, porque representa exatamente a ausência da emoção que estimula o nosso espírito.

Vamos, então, a algumas ponderações a respeito.

Tenho por mim que a indiferença é um nada, um vazio, sugere um estado de espírito estéril e gélido frente a alguma coisa, seja ela um objeto ou mesmo uma pessoa.

Configura-se como uma apatia extrema que nada suscita, é o vácuo inundando a alma, ali impera um inverno glacial, não há espaço para qualquer emoção.

Nas relações humanas, como padrão, o Homem é movido por sentimentos. Na convivência com o outro, sensações o invadem a todo momento. Serão sempre dois sentimentos que se fundem numa perfeita sintonia – “eles se amam” --, ou se dispersam num conflito de compatibilidade – “um ama, o outro não”.

Já relativamente à indiferença, a dualidade se perde, o sentimento cede lugar à insensibilidade, não há emoção mútua entre duas pessoas, u’a nada sente, a outra nada representa. Haverá então, da parte de quem é vítima da indiferença, apenas a triste percepção do nada na outra pessoa.

Essa apatia, esse vazio, contudo, nem sempre se predispõe à vingança, ao revanchismo ou ao desejo perverso. A frieza é tamanha que, aí, torna-se atributo da indiferença o não desejar nada, o não querer nada e o não se interessar por nada. É o que Dolores Duran quis dizer na letra de uma de suas músicas (Fim de Caso): “...e já não temos nem vontade de brigar.”

Simplesmente tudo se torna tão indiferente que nem brigar mais vale a pena.

Entretanto, penso também que nada impede que floresçam, numa alma indiferente, sentimentos nobres quando movida por piedade, compaixão ou solidariedade. Aquela pessoa me é totalmente indiferente, mas se ela estiver se afogando, posso, devo e vou fazer o possível para salvá-la.

É o que penso.


Biografia:
Sou apenas um aposentado. Gosto de pensar a vida, a natureza, o Universo, simplesmente gosto de pensar e jogar o que penso no papel.
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Publicações de número 1 até 3 de um total de 3.


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