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O ENCONTRO
ANTONI DI VANELLA

Resumo:
Colocam-nos em ordem e sou a quarta, ficamos perto da porta do palco dos horrores, podemos ouvir os gritos dos animais núncios, parecemos mercadorias pois somos vendidas como carnes em que falam as qualidades de nossos corpos, que são mostrados por roupas completamente transparentes era como estivéssemos nuas para delírios dos animais núncios.

Começa mais uma semana e sei que as chances de ser escolhida são grandes, e realmente isto acontece colocam todas as que sobraram para estréia no leilão, são seis meninas contando comigo, ficamos muito apreensivas. O dono vem para conversar conosco, entra no quarto com uma cara fechada, olhou nos olhos de uma por uma para intimidar e começa falar com um tom ameaçador:
- Primeiro vocês são minhas e faço com vocês o que eu quiser e são minhas porque paguei e muito caro por vocês. Segundo quero o que paguei de volta e com uma boa margem de lucro, então se esforcem em conseguir o melhor valor, se não vão sofrer as conseqüências. Terceiro se fizerem o que aquela menina fez, vão querer se matara e não vou deixar, porque o que vou fazer a vocês, vai ser bem pior. E você como se chama. – aponta para mim.
- Lyuba, senhor.
- Lyuba, já me informaram o show que você deu no outro estabelecimento, se eu tivesse sido informado disso não teria te comprado e vi como você agiu quando aquela menina estava no banheiro. Portanto, não dê de heroína de novo porque você não conhece o que nós fazemos com meninas do seu tipo, então faça de tudo para que o seu leilão seja o mais lucrativo de todos, entendeu?
Minha vontade era xingá-lo e esbofeteá-lo, mas como não podia e tinha que salvar minha irmãzinha, concordei:
- Entendi sim senhor. Não vou fazer nada, não quero desagradá-lo e morrer senhor.
- Você não vai morrer se fizer tudo certinho, mas se não fizer, pense em algo bem sofrido, vai ser dez vezes pior, e isso vale para todas. – fala apontando para todas, ele sai como se fosse o dono de nossas vidas.
Tinha que sair dali e ir atrás de minha irmãzinha Nadia e tentar salvá-la. Mas, quando olhava pela janela via que meu horizonte não era muito bom, estávamos isoladas e não havia para onde ir e onde se esconder, só montanha e um deserto a frente. Portanto, tinha que planejar não só a minha fuga, como também sobreviver e não ser pega de novo,
As meninas já estavam muito assustadas pelo leilão e depois da conversa ficaram mais assustadas ainda, então com elas eu não podia contar. Comecei a observar como funcionavam as coisas, notei aquelas que passavam pelo leilão e não se revoltavam tinham mais liberdade, portanto no leilão tinha que ficar bem quieta e fazer tudo o que eles quisessem e infelizmente talvez teria que até fazer alguns programas e isso me atormentava.
Não mais do que eles podiam estar fazendo com a minha irmãzinha, por mais que não me importasse com o que acontecesse comigo, o que iria acontecer com ela, isto sim era importante, não queria sua infância fosse ainda mais marcada como já esta sendo, não queria ela perdendo a sua inocência.
É chegada à hora para nos aprontar e vem as funcionárias fazendo os nossos cabelos, nossas unhas e nos maqueiam, realmente ficamos lindas, lindas para sermos destruídas por dentro, destroçadas em nosso intimo, toda a maquiagem não mascara os nossos medos e tristezas. Algumas tentam ser fortes, outras não conseguem e caem no choro. Eu prometo a mim mesma que não vou chorar, não vou dar esse gosto a eles, vou me mostrar forte e firme.
Colocam-nos em ordem e sou a quarta, ficamos perto da porta do palco dos horrores, podemos ouvir os gritos dos animais núncios, parecemos mercadorias pois somos vendidas como carnes em que falam as qualidades de nossos corpos, que são mostrados por roupas completamente transparentes era como estivéssemos nuas para delírios dos animais núncios.
Chega a minha vez entro sem respirar para não chorar, faço uma cara bem fechada para mostrar força e quem sabe ninguém me querer e sair dali sem ser tocada, começa o leilão:
- Temos esta linda jovem pura e macia como à seda, saborosa como o mais doce mel, vamos começar com 1.000.
Parece que a minha tática dá errada, por entrar sem chorar e mostrando força eles ficam mais ouriçados do que nunca e já gritam um lance alto:
- 10.000.
- Eu ouvi 10.000, vocês gostaram dela, então quem dá mais por esta leoa furiosa. – porque continuo sem chorar e com uma cara bem fechada.
- 12.000, para amansá-la. – grita um.
- É eu que quero amansá-la, pago 14.000. – grita outro eufórico.
- 14.000, quem dá mais, quem dá mais, para se embebedar nos braços desta leoa indomável.
- 15.000, para ficar bêbado de vez.
- 15.000. Quem dá mais, quem dá mais, ouvi 17.000, 17.000.
- 17.000 para afogar minhas magoas.
- 17.000, esta ficando quente, quem dá mais, quem dá mais ouvi 18.000, 18.000.
- 18.000, por esta maravilha.
- Ouvi 19.000, quem quer ser todo arranhado por esta gata selvagem, quem dá mais, quem dá mais,19.000, 19.000.
- 19.000, para ser marcado por esta gata.
- 19.000, quem dá mais, quem dá mais, ouvi 20.000, ouvi 20.000
Neste momento grita um homem nojento, que só de olhar me dava repulsa, oferecendo 20.000, e todos se aquietam e o leiloeiro já diz quem é este homem importante de Pravda.
- 20.000, para o nosso digníssimo e ilustre Ministro da Educação de Pravda. – fala puxando o saco do homem, e parece que ninguém se atreve a fazer uma outra oferta, eu me desespero, porque ele é muito nojento.
- 20.000, para o Ministro da Educação de Pravda. Quem dá mais, quem dá mais, 20.000, dou-lhe uma, quem dá mais, quem dá mais, 20.000, dou-lhe duas, quem dá mais, quem dá mais, 20.000 e dou-lhe...
- 22.000 – Grita um garoto que deveria ter a minha idade mais ou menos, todos olham para trás espantados para saber quem era o corajoso a desafiar o poderoso Ministro da Educação, que não se abala e grita:
- 25.000.
- 30.000. – grita o garoto.
Naquele momento fixo os meus olhos no garoto, meu coração dispara não sei por que, ele era lindo, mas sério e concentrado em seu objetivo, tinha uma postura diferente ao dar os lances, não era com euforia, mas sério. Torço para que ele ganhe o leilão, a minha esperança é que ele fosse uma pessoa de bem e pudesse me dar um pouco de dignidade, isto porque pelo jeito ele tinha algo a mais e parecia que não gostava do que estava fazendo. Mas, então por que estava ali? Por que disputava uma noite com uma virgem? Não consigo achar nenhuma resposta e o leilão continua:
- 32.000. – grita o ministro, a grande silêncio e expectativa.
- 40.000. – grita o garoto, todos ficam espantados com o grande lance e é visível a irritação do Ministro.
Neste momento os amigos do garoto chegam perto dele e falam alguma coisa que ele não concorda e Ministro grita:
- 41.000.
- 50.000 – grita o garoto, com protesto dos amigos, há grande murmúrio entre os homens.
- 51.000. – grita o Ministro.
O garoto quando vai fazer mais um lance um amigo tapa a sua boca e é impedido, os amigos falam algo a ele e lhe dão uma garota de programa. Minha última esperança de me livrar do que eu vou passar se vai, não sei por que achei que havia um homem que prestava naquele lugar. O leiloeiro grita:
- 51.000, para o Ministro, dou-lhe uma, 51.000 dou-lhe duas, 51.000 dou-lhe três, a garota é do Ministro, que fez uma grande aquisição, o maior valor pago por uma garota neste estabelecimento.
Na hora vem uma enorme vontade de chorar, bate um grande desespero, mas me mantenho firme e forte, sou pega pelos seguranças do Ministro que me levam até ele, que me acaricia e sinto algo repulsivo me arrepiando e me estremecendo toda, sinto uma grande vontade de vomitar. Vamos para o quarto e mesmo querendo reagir e gritar não o faço, me mantenho com uma cordeirinha indo para o abate por causa da minha irmãzinha, no corredor passamos pelo garoto olho fixamente em os seus olhos, ele num sinal de pedido de desculpa por ter desistido de mim abaixa a cabeça e vai para o quarto com a garota, sou levada para outro quarto com o Ministro.
Entro no quarto e vou logo para canto, o Ministro entra, ele era repugnante e muito nojento, começa a tirar a roupa e fica nu, agora era inevitável ser estuprada e por isso começo ficar completamente desesperada, ele vem até mim:
- Calma garotinha, você vai gostar, vou fazer com muito carinho. – diz com um olhar de tarado.
Não consigo segurar o choro, ele tenta me pegar e fujo para o outro canto do quarto, ele vem de novo e consigo fugir novamente, ele começa a ficar nervoso, tenta de novo quase escapo, mas ele me pega por um de meus braços me puxa com força, então solto um grito alto, o segurança bate na porta e pergunta:
- Tudo bem com o senhor?
- Sai daqui, seu imbecil, não me atrapalhe, me deixe em paz. – grita o Ministro extremamente nervoso.
Neste momento, solto um tapa em seu rosto e ele fica mais nervoso ainda, mas dá risada:
- Amo mulher selvagem é essas que são as melhores, que dão mais prazer.
Dou-lhe um chute baixo que não acerta em cheio, mas causo alguma dor ele não pensa duas vezes, me dá um tapa e caio atordoada no chão, ele me pega de novo com força, me joga em cima da cama e rasga as minhas roupas, segura meus braços acima de minha cabeça, se coloca em cima de mim, posso sentir seu corpo repugnante e nojento encostando no meu, começa beijando o meu pescoço sinto algo repulsivo que me dá ânsia de vomito. Agora sei o que a Tami sentiu, como é angustiante, me sinto impotente naquela situação não consigo parar de chorar, imploro a Deus que me ajude, quando viro a minha cabeça para o lado do banheiro a minha surpresa, Deus ouve meu pedido.
O garoto do leilão saindo do banheiro com uma barra de ferro na mão se desloca bem de vagar em nossa direção, ele olha para mim e pede para ficar quieta, se aproxima e dá uma pancada bem na nuca do Ministro, ele nem grita de dor e depois ele dá outra pancada no mesmo lugar.
Sinto o seu peso começar a me sufocar, começo a ficar sem ar, quando o garoto começa a me puxar de baixo do Ministro e com muita força e esforço, ele consegue e caio no chão. O segurança bate de novo na porta e pergunta:
- Esta tudo bem, senhor.
- Sai daqui, já te falei, seu imbecil. – grita o garoto engrossando a voz, dá certo e o segurança se vai.
Ele numa demonstração de respeito tira a sua jaqueta e rapidamente me cobre, vai até o banheiro pega roupas intimas e uma saia:
- Se troca que eu vou tirar você daqui. – Se vira para a parede para que eu me vista, pega uma cadeira, bloqueia a porta e pergunta:
- Esta pronta?
- Estou. – respondo sem entender muito que esta acontecendo.
Fico imóvel, ainda tremendo do que tinha acontecido, ele vem até mim e me dá a mão:
- Não vou fazer nada de mal com você, pode confiar em mim. – fala de uma forma muito carinhosa.
Dou a minha mão a ele que me conduz até banheiro e me explica:
- Vamos sair pela janela.
Ele olha pela janela para ver se não tem ninguém, coloca a metade do corpo para fora e me chama, sento no batente, ponho minhas pernas para fora e ele com o maior cuidado me abaixa até o chão e depois ele pula.
- Vamos por aqui. – me indicando uma trilha.
Andamos uns cinco minutos em total silêncio até chegarmos a uma grande pedra.
- Se esconda aqui, que daqui a pouco eu venho te buscar ou mando alguém.
- Como vou saber se é você ou um amigo seu? – pergunto preocupada.
- Vamos combinar uma senha. Qual é o seu nome?
- Lyuba.
- Quando eu ou meu amigo estivermos naquele arbusto, perguntamos: Para que lado o lobo fugiu, Lyuba?
- Então, eu vou saber que é vocês, é isso?
- Sim.
Não resisto e pergunto:
- Porque esta fazendo isso, porque você se importa, aqui parece que ninguém se importa?
- Tive pais que se importavam comigo, com os outros e foram mortos injustamente por causa disso, me ensinaram a sempre valorizar as pessoas e em especial as mulheres. Eu me importo com todos, especialmente com os inocentes e indefesos, não acho justo meninas serem feitas de mercadorias sexuais, por isso vamos libertar todas, tenho que ir.
- Qual o seu nome?
- Bogdan.
- Bogdan, obrigada. – ele me dá um sorriso e se vai.
Minhas esperanças são renovadas em conseguir salvar a minha irmãzinha, conseguir confiar em alguém que quer fazer o bem estava difícil, Bogdan começou a ter minha confiança, mas sei que não dá para confiar totalmente, ainda tenho muito medo.
Olho para o deserto a frente e para montanha era a chance que esperava para salvar a minha irmãzinha, mas encontrá-la sozinha seria muito difícil não sabia que direção tomar e se encontrasse como conseguiria libertá-la? Portanto tenho que esperar o Bogdan voltar.
Passa algum tempo, começo a ouvir tiros e depois silêncio, passa mais algum tempo, ouço tiros novamente e gritos que vinham de dentro da casa, depois de mais alguns minutos uma grande explosão que destrói o prostíbulo inteiro. Tenho vontade de fugir, mas fico com muito medo e prefiro esperar.
Vejo ao longe alguém se aproximando, me escondo atrás da pedra e fico quieta, quando chega ao arbusto ele grita:
- Para que lado o lobo fugiu, Lyuba?
Esta era a pergunta chave, me levanto e aceno para ele, era mesmo o Bogdan que me pega pelas mãos e me conduz por uma trilha na direção da estrada, até chegarmos a um comboio de carros e um ônibus com todas as meninas e ele me pede para subir, mas antes lhe peço:
- Tenho que salvar a minha irmãzinha.
- Salvamos todas as meninas, estão todas no ônibus. – fala ele.
- Não, minha irmãzinha não estava comigo, ela foi vendida em outro prostíbulo, tenho que buscá-la, por favor, não posso deixá-la sozinha, pelo amor de Deus me ajude a resgatá-la. – falo quase suplicando.
- Calma, vamos sair daqui porque é perigoso as tropas do governo podem nos descobrir, daqui uns 20 minutos paramos em um local seguro e você me conta onde ela esta e nós vemos o que podemos fazer.
- Pelo amor de Deus, você promete, ela só tem 10 anos, ela precisa muito de mim. – suplico novamente.
- Calma, vamos sair daqui primeiro, quando pararmos nós discutimos isso, entra no ônibus que eu prometo não deixar a sua irmãzinha. – Promete ele.
Entro no ônibus e o clima é de grande euforia, felizmente todas as meninas que participaram do leilão não foram estupradas e estavam radiantes, as angustias e as tristezas se transformaram em euforia e alegria com uma enxurrada de esperança de ter uma vida melhor.
Mas, não consigo esconder a minha angustia e preocupação, apesar de ser muito grata por tudo que fizeram por todas nós, agora precisamos saber o que eles querem de nós, para onde vão nos levar, ninguém faz isso por nada, sempre se quer algo em troca e o mais importante Bogdan cumpriria a sua promeça.
Depois de uns vinte minutos rodando pela estrada o comboio entrou por um desvio que dava para estradinha e continuamos por uns dez minutos, até que chegamos a um lugar bem escondido e paramos, neste momento Bogdan se aproxima do ônibus e me pede para descer e me leva até onde tinha dois garotos e me pede:
- Lyuba, conte o que você quer e precisa?
Respirei fundo e olhei para todos eles e comecei:
- Bem, os insurgentes vieram até a nossa vila e mataram a todos inclusive a minha mãe, menos as meninas para que eles pudessem vender como escravas sexuais, e eu fiquei junto com a minha irmãzinha. – Boris interrompe e pergunta.
- E o seu pai?
- Meu pai foi morto pelo governo.
- Ele era insurgente? – pergunta Boris de novo.
- Não. Ele era trabalhador, sem querer acabou entrando no tumulto que uns insurgentes fizeram e foi morto injustamente, sem direito a defesa. – sou interrompida de novo por Boris.
- Este governo só massacrando o povo, temos que derrubá-lo mesmo.
- Boris, deixa a menina falar não interrompe mais, senão vamos ficar aqui até amanhã. – diz Bogdan.
- Tudo bem, pode falar não interrompo mais.
- Infelizmente quando chegamos a um prostíbulo eles só queriam as meninas novinhas, e a minha irmãzinha que só tem dez anos, foi uma delas. – Boris interrompeu de novo.
- Mas que desgraçados era só uma garotinha, como podem fazer isso, que raiva. – fala todo indignado.
- Boris, deixa a menina falar, depois com calma ela conta a historia para você. – fala Bogdan já nervoso.
- É que fico revoltado com uma coisa dessas, pode continuar.
- Tentei ficar com ela, mas não deixaram e fui vendida para onde vocês me acharam. Eu tenho que salvá-la, ela é só uma garotinha assustada e tenho que ajudá-la, é a família que me resta, por favor, me ajudem a resgatá-la. – imploro.
- Sabe qual é o prostíbulo? – pergunta Egil(conhecido como Gijo).
- O nome é Oasis do Prazer, eu só sei que esta cerca de uma hora daquele que estávamos, só não sei para que lado fica. – respondi.
- Bogdan, é aquele que desistimos e escolhemos esse das meninas, e você se lembra por quê? – pergunta Gijo.
- Porque ele tinha muitos seguranças e eles rodeavam todo o prostíbulo. – respondeu Bogdan.
- È impossível conseguir tirar essa menina de lá, muitos são ex-soldados do governo, são bem treinados. – diz Gijo.
- Nada é impossível nessa vida, Gijo. – diz Bogdan.
- Se vocês não quiserem ir, eu vou sozinha, é só me dizer onde é e me dar uma arma. – falo desesperada.
- Menina, você não vai ter chance nenhuma, não vai nem chegar perto de sua irmã, é arriscado demais até para todos nós. – fala Gijo.
- Não posso deixar a minha irmãzinha lá, tenho que tentar alguma coisa para libertá-la.
- Bogdan, não dá para nós arriscarmos a vida de todos. – fala Gijo.
Minha esperança é Bogdan falar alguma coisa para que convença a eles me ajudar, até que ele fala:
- Realmente, um dos motivos de nós não atacarmos é que era muito perigoso. – só diz isso.
- Exatamente é muito complicado, o que você acha Boris? – pergunta Gijo.
- E o que não é perigoso, mas não somos loucos de pedra de arriscamos as nossas vidas, ao mesmo tempo não podemos ser covardes. – Boris responde com certa duvida do que fazer.
Olho para Bogdan e ele esta com a cabeça baixa, sem dizer nada, começo a chorar e quando vou falar, ele não deixa e pergunta para Boris e Gijo:
- Vocês se lembram de uns trabalhadores, quando vinham do um dia estafante de trabalho para fugir de uma turba entraram em condomínio dos ricos em Liri?
- Claro que sim eram nossos pais. – responde Boris.
- Lembramos sim, como esqueceríamos, mas aonde você chegar Bogdan? – retruca Gijo.
- Eles ouviram uma mulher pedindo socorro para seu filho e uma criança chorando, eles no primeiro momento fizeram que não escutaram, pensaram como seria perigoso ajudar essa mulher e a criança porque sabiam que quem estava maltratando ela era um grupo de soldados do governo de Pravda, só que no segundo pedido o que fizeram?
- Eles fizeram o que era certo, foram ajudar a mulher e seu filho, eles não eram covardes, me lembro que meu pai falou que não conseguiria dormir se não tivesse ajudado a mulher o seu filho. – diz Boris.
- Concordo com Boris, era uma situação que se eles não ajudassem se sentiriam uns covardes para o resto da vida. – diz Gijo.
- Era muito perigoso para eles e tinham medo de até sobrar para suas famílias, mas não pensaram em si mesmos, mas só em ajudar a quem precisava de ajuda. E se eles não tivessem ajudado a mulher que infelizmente morreu e seu filho? – pergunta Bogdan.
- Você não estaria aqui, talvez nós não estivéssemos aqui discutindo se seremos covardes ou ajudaremos quem precisa de ajuda. – diz Boris.
- Vocês estão sugerindo de ajudarmos esta menina? – pergunta Gijo.
- A mulher estava sendo espancada e pediu para salvarem a quem? – pergunta Bogdan para Gijo.
- Você quer ou não que ajudamos esta menina? – pergunta de novo Gijo.
- Me responda para quem à mulher pediu para salvar? – insiste Bogdan.
- Pelo que os nossos pais disseram, ela gritava para salvar o filho, mesmo ela sendo espancada. – responde Gijo sem paciência.
Bogdan se aproxima de mim e pega a minha mão e fala:
- Talvez é isso que tenha chamado mais a atenção deles, de minha mãe não querer salvar a si mesma, mas sim a mim seu filho. Como você mesmo disse Gijo os nossos pais se sentiriam uns covardes se não ajudassem minha mãe, e eu vou me sentir um covarde se não ajudar a Lyuba. Não quero sugerir nada a ninguém, a minha idéia de criar o Forza era de ser democrático e ninguém ser obrigado a fazer nada por obrigação, mas cada um faça de coração. Meus pais me ensinaram a ajudar a quem precisa e morreram por ajudarem os outros, morreram por todos, inclusive por nós e eu vou seguir o exemplo deles.
- Mas, temos que pensar em todos não só em uma pessoa. – diz Gijo.
- A Lyuba esta salva, protegida e poderia estar satisfeita por estar viva, mas não hesita nem por um momento em perder a vida para salvar a sua irmã, ela é igual a minha mãe biológica não se importava se iria morrer o que importava era que eu estivesse salvo. È isso que nos faz diferentes dos insurgentes e do Governo, se importar com os outros, mostrarmos que cada um é importante e que fazemos de tudo para salvá-los, eu não sei no caso de vocês, mas eu vou com a Lyuba para salvar a sua irmã.
- Meu irmão, assim como você não gosto de injustiça, então onde você for eu também vou, somos amigos para sempre, nunca vou te deixar. – diz Boris
- Não concordo, acho loucura, igual quando vocês quiseram se vingar ou fazer justiça daqueles meninos que me bateram, somos amigos e sempre me defenderam, passamos muita coisa juntos, somos fortes quando nos unimos e se vocês forem morrer eu morro com vocês. – diz Gijo.


















Biografia:
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