Sistema nervoso, 26 de dezembro, 2012
Querido coração, estupido e confuso, porém. Lhe escrevo agora para comunicar-te o quanto sua indecisão está me fazendo mal; sua indecisão em soltar o amor e espalha-lo ou deixá-lo preso e seguro. Entendo seu medo, vejo suas feridas, mas juntos seremos capazes de cura-las. Minha razão com sua emoção, que tal? Um pouco confuso, não? Mas não tem problema, só vai ter problema se você continuar a afastar tudo que nos mantém vivos, afastado de nós. Precisamos disso, de um pouco de amor, com uma pitadinha de compreensão, sem nos esquecer da coragem, essa por sua vez nos fará mais fortes do que nunca. Assim seremos imãs de uma só ligação. Assim como o tempo vai e as lembranças vêm, me mostre como você é capaz mudar a vida de qualquer coisa ao seu redor. Deixe o toque nos seduzir novamente com abraços carinhosos e ternosos que nos fazem querer pular para fora deste corpo, deixe eu sentir novamente o prazer de uma leitura que ao mesmo tempo de acaricia sem saber, deixe sorrisos chegarem até mim e refletir em você como os raios de uma manhã feliz. Manter o amor preso dentro de você está sendo burrice, perdoe-me pelo termo; estou sendo sincero, a razão me acompanha e ela diz que deve solta-lo sem medo de receber a luz de um carinho em troca. Por favor, não me parece loucura dizer que o amor é importante, me parece loucura dizer que não precisamos dele. Faça-nos o favor de se soltar e se sociabilizar, porque temos muito o que viver e adquirir. Eu trabalho com as informações e você devia me ajudar nisso, mas não é o que está acontecendo. Prometo que nada lhe acontecerá de ruim, estou forte agora, andei treinando muito, mas preciso que você me ajude a te ajudar. Pense com carinho, apesar de este ser meu trabalho, afinal, corações não pensam, fazem tudo na emoção, sem pensar nas consequências do amanhã. Quero você de volta. Juntos faremos uma equipe, invencível. Olhe só, estou pensando demais e novo, não é? Tenho que me controlar e só você pode me ajudar...
Com um pouco de carinho roubado,
seu amigo Cérebro.
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