DUAS LETRAS
Eram com as duas letras,
de nosso nomes, que nos
tratávamos.
Em tudo era assim,
pelo telefone, pelas
mensagens, e quando
estávamos juntos.
Havia tanta ternura nisso,
e quantas e quantas vezes,
nos admiravam por isso,
além de nosso jeito,
um com o outro.
Jeito que era observado
e falado para nos, seja
por uma atendente de loja,
alguém na rua, e até num trem,
muitos nos admiravam por isso.
Isso me dava uma felicidade
que eu não cabia em mim.
Eu só gritava o nome dela
por inteiro, no exstasse do
meu Nirvana, pois isso
impregnava todo o meu ser.
Mas da ultima vez, que trocamos
algumas linhas, em que eu mais
uma vez, me declarei, me declarei
como uma suplica desesperada.
Ela me respondeu, muito
educadamente, mas desta vez,
escreveu o meu nome inteiro,
não há mais intimidade,
não há mais, para ela, razão
de ser como, fora antes,
não há mais o antes.
Reconheço, é seu modo
educado de não me dar
esperança, eu é que tenho
aceitar isso, quer queira ou não.
M.A .Tisi
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