Talvez por não cumprir sua função integralmente,
E, aliás, não lhe determinaram função alguma,
Estava lá presente bem abaixo da cintura, da anca;
Por trabalho não bem terminado fez-se um furo indecente.
Furinho bobo, sem função e mesmo sem ter valor algum.
Secção fibrosa de agulha mal enfiada: um átimo, um triz.
Mas detestável se notado, estava lá botando banca,
Incomodando com certeza, mas sem razão nenhuma:
Como vestígio, marca, buraquinho, mal formada cicatriz.
Como viver feliz convivendo com imperfeição tamanha?
Furinho malvado a crescer se posta nádega em arrebite,
Se baixado o corpo na dança ou banhado na espuma do mar.
Plástica Medicina! Socorra a beleza pelo amor de Afrodite
Por demais bela condenada a sofrer e com maldição se olhar.
Com bisturi, seringas, bandagens, soros e hábil mão estranha,
Extirpa a praga, arranca a nódoa que com banha há de se tapar.
Renasça-se a pele, refaça-se o tecido, por artimanha profunda.
Ah deusa! - hei de exclamar pelo novo tempo e pela linda bunda
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Biografia: Advogado, professor universitário, poeta, compositor.
Livros publicados: Direito Alternativo do Trabalho. LTr Ed. São Paulo, 1984(direito);O Progresso da Ordem e o Direito Alternativo. Fabris Ed., Porto Alegre, 1986 (direito);Sindicalismo. Estudos Em Homenagem Ao Prof. José Martins Catharino. Coord. Arion Sayão Romita. Ed. Ltr. S. Paulo. 1986(direito); Chorei & Ri- Ed.2006 (poesia). VIII Antologia Nau Literária, Ed.komedi, Campinas, 2007 (poesia)
CD gravado: Toca na Toca, 2007.
Correspondencia em E-mail: paulonca@hotmail.com. SITE:http://www.paulon.recantodasletras.com.br
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