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Tempo de reflexão - agora ou nunca
Bia Cantanti

Andei pensando no que quero da minha vida. Andei pensando no que você quer da sua vida. Final de ano, tempo de refletir. Quem disse? Nós, todos nós. A sociedade. No entanto, reflexão é a cada dia, a cada abrir dos olhos, a cada respiração, a cada encontro, a cada palavra.

Refletir é o inverso da moeda do aceitar as coisas como elas são. Porque cada reflexão abriga uma mudança. Seja ela de comportamento, de vestimentas internas, de estilo de vida. Seja experimentar um prato que nunca provou, ou ter uma conversa com alguém com quem nunca se identificou, ou ainda, dar uma volta na vizinhança que nunca conheceu.

Final de ano, tempo de refletir. Não; final de ano, ponto final. Este ano que se foi já contou sua própria história. Está na hora de refletir, sempre. A reflexão deve vir naturalmente, deve ser um processo saudável, de contar as suas próprias histórias a você mesmo e ver sua reação. Você acredita nelas? Ou sonha outras histórias? Você sonha? Há quem diga que sonhar é perda de tempo. Pobre criatura, nunca saberá o que é cruzar os horizontes de si mesmo. Sonhar é ir além de você mesmo, para fora de sua história, para escrever uma outra, construir uma outra obra. Sonhar é se expandir.

Andei refletindo sobre o que se passa comigo, com o mundo, antes mesmo do próximo ano chegar. Gosto da ideia de que o ano vem embrulhado para presente, novinho em folha, perfumado, cheio de dias em branco para serem vividos. Mas acredito, especialmente, nas páginas e espaços em branco que todos temos em nossas almas. Estes sim, qualquer que seja o ano, são inescapáveis e realmente importam! Descobrí-los, desvendá-los, preenchê-los. O que estes espaços pedem? Carinho, atenção, amor, transgressão, transformação? O que eles murmuram? Preste atenção. Estes espaços nos falam quando menos esperamos; nos chamam. Escute-os, estude-os. Eles são seus! Ignorar os seus chamados só trará frustração. O vazio que se sente é a dor dos espaços vazios não reconhecidos, que moram longe do coração, e que se escondem sob os pretextos sem sentido da vida diária de cada um.

Final de ano, tempo de reflexão. Não, uma vez mais. Final de ano: acabou, já foi, os espaços e as reflexões passaram, se foram. Espero que tenha tido algumas boas reflexões; até mesmo, resoluções. É hora de abrir as portas do coração e da alma para descobrir o que falta realmente ao seu espírito, à sua vida. É hora agora, tomando o café da manhã, pegando um ônibus, discutindo com alguém que ama, assistindo a um filme. E não no primeiro dia do ano, nem no último.

O seu vazio está se retorcendo? Está sem sonhos? Então é um caso sério de falta de reflexão, ou, no mínimo, de auto-estima. Respire fundo, vá para dentro de suas veias, nas frestas de seu espírito, e descubra quais são os espaços vazios que estão te chamando, pedindo por conteúdo. Mas comece hoje, agora, não amanhã, nem no dia primeiro do próximo ano. Porque os espaços vazios são atemporais. Assim como nossos espíritos.

Já começou a reflexão durante a leitura deste texto?

Parabéns! Você já está a um passo à frente de si mesmo.






Biografia:
Formada em Letras, fascinada por Linguagem. Escritora iniciante, gostaria de trocar ideias com profissionais desta área pelo blog: www.muitomaisbiacantanti.blogspot.com
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