Quando descrevermos emoções, sentimentos, fantasias ou as aventuras, através de textos, contos, histórias ou através de um livro, precisamos ter dedicação, uma atenção apropriada e o tempo como nosso aliado. E quando conseguimos fazer isso sentimos a sensação de liberdade e de satisfação, um desejo de realização. Conseguir colocar no papel a imaginação de forma que todos possam entender é a mesma coisa que compartilhar com o outro a sua forma de sonhar, de pensar e de vivenciar esse sonho, é dividir emoções com outros. (Faço isso neste instante ao escrever esse texto para você ler).
A sensação de liberdade se dá quando se consegue realizar tudo que deseja ou almeja da maneira ou forma planejada, mas não no tempo escolhido. Essa liberdade faz parte indispensável da nossa vida, é como a água que mata a sede e que sem ela não podemos sobreviver, é a água que refresca e limpa nossa alma, renovando-nos.
Desejo de liberdade dá prazer, sonhar dar prazer e porque não dizer que sofrer por amor também não dá? Amar de qualquer forma dá prazer e o sofrimento de amor ajuda a renovar o espírito e fortalecer a alma. Só quem ama valoriza a vida e sabe que ela é viva. Pudera associar liberdade com prazer. Seria uma combinação perfeita e para completar colocaria um punhado de coragem para concretizar e transformar esses sentimentos em uma nova realidade, àquela que queremos de fato.
Coragem é ter determinação, é uma força individual que nos alimenta e faz alcançar os mais complexos objetivos a que nos propomos alcançar. Podemos chamar de virtude as qualidades expressivas que encontramos no ser humano, e por infelicidade não encontraram em todas as pessoas. Para se ter coragem é preciso conhecer a si mesmo e depois ter autoconfiança em tudo aquilo que é capaz de realizar, aí já virou virtude!. É acreditar no seu potencial e nas suas razões, reconhecendo seus limites e suas fraquezas.
Saber planejar, organizar e racionalizar o tempo fará com que possamos descobrir os caminhos a que queremos percorrer. Parece complicado, mas não é, basta olhar com olhos de um bom observador e perceber que somos capazes disso e de muito mais, basta querer e ter disposição para começar. Começar a planejar é um bom começo para alcançar a sonhada liberdade.
Muitas vezes começamos algo e não terminamos, resolvemos começar outra coisa que achamos ser mais importante ou que seja mais fácil. Deixamos de lado aquilo que poderia ser essencial para nossa redescoberta e para nossa satisfação por algo que poderia ser feito mais tarde ou em outra oportunidade, que muitas vezes não era realmente importante. E o tempo passa e os objetivos se transformam em outros objetivos diferentes, e nos direcionam a outros caminhos, a outro estilo e a outro modo de vida. Adaptamo-nos às circunstâncias e às praticidades do cotidiano. E não nos damos conta de que a coragem e a determinação faltaram no momento que mais precisávamos, deixando o desejo e o prazer serem substituídos pela comodidade e pela falsa impressão de realização. Um fator importante para esse desvio de objetivos é a necessidade de acompanhar a rotina agitada no meio social e no meio profissional em que vivemos. É uma rotina habitual e costumeira nas grandes cidades-metrópoles. Ficamos demasiadamente tão envolvidos e dependentes desta rotina agitada e materialista, que focamos nossos ideais basicamente para satisfazer apenas nosso ego econômico e nossa ostentação, mas isso não é tão ruim assim! Adquirimos cada vez mais compreensão do mundo tecnológico e a experiência financeira, administrativa e sustentável, ficamos o tempo todo preocupados em entender o mundo globalizado, a economia do nosso país e aos problemas políticos e sociais do mundo, sem ao menos saber resolver os nossos problemas pessoais, aí fica ruim, sim!.
Conhecemos e utilizamos as novas descobertas tecnológicas e com elas as novas modernidades. A cada dia conhecemos de tudo um pouco e descobrimos que não conhecemos quase nada. Temos muito a aprender e a conhecer. Estamos sempre atentos a tudo e a todos, e mesmo assim, muitas vezes não conhecemos nem o nosso vizinho que mora ao lado de nossa casa ou na rua mais próxima. É uma falta de tempo inexplicável. O corre-corre da vida não nos dá oportunidade de conhecê-lo e de torná-lo nosso amigo. É somente a falta de tempo ou a disposição? É a falta de coragem para ter iniciativa? Ou a falta de liberdade para escolher: quando, como e onde? O que ser e fazer? Ter ou não liberdade para isso, essa é a questão!
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