O santo já virou um astro,
já tem muitos seguidores,
quanto mais levantam o mastro
mais aumentam seus amores.
Tira o santo da redoma,
a batata 'tá assando,
fica firme na sanfona
que a festa 'tá bombando.
Toca, toca, sanfoneiro,
chegou a hora, é sua vez,
o santo tem pés no braseiro,
apesar dos milagres que fez.
Sanfoneiro que se preza
não vai tocar em qualquer canto,
e o bom brasileiro só reza
se puder acreditar no santo.
Olha a noiva, olha a bruxa,
olha a cobra, é mentira!
vem todo mundo pra cá,
é só uma festa caipira.
Vamo pulá a fugueira, iá, iá,
sem se queimá no braseiro, iô,iô,
e mermo que ninguém queira, iá,iá,
vamo abraçá o festeiro.
Olha a bruxa, olha a onda,
olha a pilha;
vem todo mundo pra cá,
vamo vê junto
a dança da quadrilha.
Esta dança de quadrilha
não se pode dançar só,
vem minha gente por pilha
e bater as sandálias sem dó,
puxa daqui e aperta dali,
mas sem afrouxar o nó.
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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