Permita-me ser o Sol,
Com sua luz forte,
Iluminando todos os recantos da Terra,
Rompendo o medo da eterna noite...
Caso eu não possa ser o Sol,
Que eu seja então a Estrela distante,
Com sua luz fraca,
Indicando o caminho aos eternos viajantes,
Ofertando o merecido descanso...
Caso eu não possa ser a Estrela distante,
Que eu seja então uma lâmpada,
Com sua luz incandescente,
Iluminando as várias moradas,
Não diferenciando o Palácio do Tugúrio...
Caso eu não possa ser uma lâmpada,
Que eu seja então uma vela,
Com sua luz trêmula,
Iluminando o olhar do velho homem,
Acabando com a tristeza da escuridão...
Caso eu não possa ser a vela,
Que eu seja então um fósforo,
Com sua luz efêmera,
Queimando-se para iluminar,
O objetivo de se estar aceso...
Caso não possa ser o fósforo,
Que eu seja então o simples vaga-lume,
Com sua luz inconstante,
Sinalizando num vôo embriagado,
A coragem de penetrar na noite eterna...
Caso eu não possa ser o simples vaga-lume,
Que eu tenha então apenas o brilho do olhar
De um homem que ainda sonha
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