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Sem Por Rima Repetida
João Germano Rodrigues

Resumo:
Todo o contexto teatral desta obra eu deixo por conta da sua imaginação!

Essa estória com certeza
Não é nada divertida
Vou relatar a proeza
Sem por rima repetida
A convite da Marquesa
A corte foi reunida
E a Maga Yan chinesa
Sumiu com toda bebida!

   Por tamanha avareza
   A megera foi punida
   A rigor com aspereza
   Aos leões foi remetida
   Uns acharam malvadeza
   Outros pena merecida
   Mas as feras libanesas
   Por ser fã da pervertida!

Só cheirou a sobremesa
E deu crédito a bandida
Aprovando a destreza
Dela, que foi prevenida
Por contenção de despesa
A cambada era mantida
Vegetariana lesa
De tanta alfafa cozida!

   Sua vertical magreza
   De perfil foi escondida
   Entre a tropa holandesa
   Era a quenga preferida
   O perfume, a leveza.
   Oriental garantida
   Debaixo da safadeza
   Da militancia fedida!

E não causou estranheza
Ou dá ou desce, decida!
Aos olhos das polonesas
Beatas santas polidas
No colo da fortaleza
A gueixa foi transferida
Para outra redondeza
E fez-se página lida!



   E o sol não deu moleza
   Era areia derretida
   Ou miragem, ou fraqueza
   Ao calor da febre ardida
   Hora brisa, natureza
   Hora suor, dor sofrida
   Por suposta framboesa
   Apostaram até corrida!

E acharam a correnteza
Era água toda vida
Lá na Fonte da Pureza
Como era conhecida
Ninguém teve a fineza
De dar uma só lambida
Em respeito à vela acesa
E a lápide esculpida!

   Aqui jaz, tão indefesa
   Neste rio com formicida
   Bela jovem portuguesa
   Que foi pega distraída
   Pela morte na frieza
   De uma só engolida
   Dá um adeus à francesa
   Para não ser socorrida!

De uma delicadeza
A toda prova cabida
Dona de uma grandeza
Ó pequena incompreendida
Na hora da incerteza
Matou a sede contida
Contraindo a forma obesa
Pela ação do inseticida!

   Num relato de tristeza
   Neste ponto de partida
   Ei-la, singular beleza
   De corpo e alma ungida
   Pela virginal firmeza
   De paixão não resolvida
   Morre com a sutileza
   De uma rosa caída!

Às ordens de Sua Alteza
Seu Pai, o Rei, atendidas
Uma ceia finlandesa
Com excêntricas comidas
E mulher que pega a presa
Pelo estômago engravida
Assim discursou Tereza
A cozinheira atrevida!

   E por ti minha princesa
   Não se vá de oferecida
   Mire-se na esperteza
   Das mulheres mais vividas
   Que o Lorde na agudeza
   De um zoom sob medida
   Aos anéis de baronesa
   No banquete à rã mexida!

Hoje mora em Veneza
Em lua de mel comprida
Terezinha, a camponesa
A que fez a rã moída
Com sabor de calabresa
De sexta-feira benzida
E o Barão lambeu a mesa
Já de fome possuída!

   Nem notou a Realeza
   Passou tão despercebida
   Foi assim que a pobreza
   Da mucama mal vestida
   Transformou-se em riqueza
   E a donzela iludida
   Às margens desta represa
   Descansa em paz, Margarida!













Biografia:
João - João Germano do Google
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