Acordou bem cedo, o filho de João,
Apertando o bucho sem gordura
Ainda deitado na sua cama dura
Forrada por um grande papelão.
Estou com fome! – à mãe ele falou,
Abrindo o olho esbugalhado de pidão,
Mas recebeu em meio à escuridão
Um tapa seco que nas costas estalou.
Chorou baixinho, com dor no coração
O moleque feio e bem magrinho,
Que não tinha o prazer de um carinho
E nem com fome um só taco de pão.
Dormiu no escuro digerindo a própria fome
Com suco de lagrima alargada,
Maldizendo a vida desgraçada,
Pensando nas coisas que se come.
Daí, o dia clareava e a mãe chamava
O filho que gelava em duro leito.
Por intuição sentiu queimar no peito
O fogo que o sangue dispersava!
Apavorada confirmou a sua intuição:
Seu magro filho deixara de viver!
O seu corpinho nunca mais iria ver,
Foi consumido por total inanição!
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Biografia: Alan Sergio Maia Ornelas, nascido em 19/11/1957, neste 23.01.2007 com apenas 49 anos, voltando a estudar.Aficionado por mágicas, poesias, teatro e textos teatrais (principalmente teatro empresa), serestas, cerveja e mulher bonita.Brevemente estará publicando os poemas do seu filho Alan Jonas ( 18 anos ).
Alan ornelas pode ser considerado um pré-adolescente da terceira idade.
E podem entrar em contato:
alansergiornelas@hotmail.com |