Tão infinito quanto o amor é a dor
Infinitamente amando
Infinitamente querendo
Em sonhos de tão grandiosa beleza
Que a vida insiste em não tornar real
Tão infinita é a dor que a ausência do ser amado encerra
Tão ansiosa espera
Ardente em querer a pele
O cheiro, o toque inflamado
É a urgência do olhar da vida sobre a própria vida
É a latência do buscar constante e impotente
É o querer mais que a si mesmo
O desejar arder na pele do outro
É ancorar no único porto possível
Aquele onde o veleiro de sua alma se sente em casa
É não desejar apenas o corpo, mas a essência
Aquela que te completa sem palavras
Apenas por existir
É se saber completo na completude do outro
É se saber enfermo na enfermidade do amor
É se saber quebrado na dor do ser amado
E mesmo assim...
Mesmo perante a infinita dor do amor
Se saber urgente e latente na busca desse sentir
E saber que só assim, se é vivo.
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