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O MALANDRO
HISTÓRIA DE TAXISTA 03
Britinho

- E aí, piloto! Arrumei meu primeiro trampo, hoje começo na labuta. Então solicito a ajuda do “meretríssimo” taxista, pra botar uma velô nesse carango aí, valeu? Por que eu tenho de chegar em dez minutos no centro da cidade, ta ligado!?
O cara era todo malandreado, aparentando ter uns trinta anos e nunca tinha trabalhado, estranho, né?
Disse a ele que em dez minutos seria impossível, por que o trânsito estava muito intenso.
- Pô, piloto! Eu quero ver a tua capacidade! Dá um break aí, mano! Vou ali naquele pé sujo comprar cigarro.
O sujeito ao invés de comprar um maço de cigarros, comprou um cigarro a varejo.
Falei que assim iria ficar difícil chegar cedo. Quando de repente:
- Pára, pára, pára! Vamos dar um bonde pra aquele parceiro ali.
O cara não quis carona nem a pau, acho que já conhecia a peça, e sabia que ia sobrar pra ele pagar a corrida.
- Que babaca, prefere ir a pé. Irmão! Dá um tempo ali naquela birosca, tenho de dar um recado para aquele otário ali. - era o dono de outro bar.
O cara era muito abusado, isso sim. Acho que estava pedindo dinheiro ao dono do bar. E com isso, já havia passado meia hora, e o danado queria que eu chegasse em dez minutos.
Quando voltou. Falei que do jeito que ele pedia pra parar, não íamos chegar a lugar algum.
- Então, o negócio é relaxar! Vou acender um cigarrinho.
Tive de chamar sua atenção, porque o ar condicionado estava ligado, e ele chegou a acender o cigarro.
- Foi mal, coroa! Não precisa esculachar!
Eu acho que, como não conseguiu um otário pra pagar a corrida, e o dono do bar não emprestou dinheiro, ele já estava ficando nervoso, se coçava todo, olhava os bolsos, pigarreava.
Então, tive de perguntar se havia algum problema. Ele falou que até o momento, não. Na hora, não entendi direito, mas continuei desconfiado.
Chegando ao local, com duas horas de atraso, pediu-me que eu o esperasse, porque ele iria falar com um senhor que estava sentado num banquinho.
Eu olhava via os dois gesticulando, apontando o dedo um para o outro e às vezes apontava para o meu carro.
Já havia se passado meia hora e nada do cara voltar. Foi quando olhei, e não vi mais o sujeito. Fui até o local perguntar por ele, e vi o senhor com um bloquinho na mão. Era jogo do bicho.
Aí! O velhinho falou:
- Hoje, ia ser o primeiro dia desse rapaz aqui, como ajudante, mas o safado nem começou e já estava pedindo adiantamento. Chegou com duas horas de atraso, me pediu cigarro, apontou para seu carro dizendo que o senhor pagaria o jogo que ele fez ontem, e ainda falou um monte de coisas que não entendi. Mandei-o embora.
Foi aí que eu entendi, o otário fui eu!



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