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Sobre O Zahir
adonias horacio percello

Dos escritores fantásticos, o meu preferido é
        Jorge Luis Borges. Adoro Passear em seus labirintos, mas, como
        Teseu, sem perder o fio do novelo.
                                        Acho que a loucura e a lucidez andam lado a
        lado, como dizia Raul Seixas que por um tempo fez parceria com
        Paulo Coelho, entretanto, acho que o mais pirado é o Paulo que
        recentemente lançou os livros intitulados O Aleph e O Zahir.
                                         Como já citei acima, Borges era um Dédalo
          da literatura, construiu vários labirintos e Paulo ficou aprisionado
          em um deles.
                                           Em seu surpreendente conto O ZAHIR que
           faz parte do livro O ALEPH, Borges relata uma sucessão de acon-
           tecimentos que o levam a adquirir uma moeda de vinte centavos
           da qual a imagem não pode libertar-se, tornando-se uma idéia
           fixa, moeda que ele denomina como ZAHIR. Em sua loucura
          ele procura um livro que leva o titulo de URKUNDEN
           ZUR GESCHICHTE DER ZAHIRSAGE editado no ano de 1899 pelo
           autor JULIUS BARLACH cujo conteúdo relata sobre diversos objetos
           que já foram ZAHIR que na tradição Islâmica quer dizer algo que
           está presente e a mente não pode libertar-se.
            
                                               Agora veremos a genialidade do cons-
            trutor DÉDALO Borges: URKUDEN ZUR GESCHICHTE DER ZAHIR-
            SAGE e o autor LUCIUS BARLACH assim com a fictícia tradição
            Islâmica e o nome ZAHIR é pura imaginação BORGIANA. ZAHIR é
            um composto árabe inventado por Borges. Para quem é atento na
            leitura do conto e tem algum conhecimento da língua árabe notará
            que a palavra se forma através dos acontecimentos da trama, a da-
            ta de edição do livro fictício não e nada mais nada menos que o ano
            de nascimento de Borges. Infelizmente Paulo Coelho não achou a
            chave e foi emparedado no labirinto criado por esse grande Imortal
            da literatura, resta agora ele não ser devorado pelo minotauro da crítica.




                                                         Adonias Percello
                                                                       22 de dezembro de 2010






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