Porque tenho que ficar trancado
Nessa jaula em forma de corpo,
Com esse pensamento em forma de bolha.
Inconsciente vejo as sombras na parede.
Mas elas não me dizem nada, pois,
Tudo sempre foi desse jeito.
Alguém me toca pedindo minha atenção,
Mostrando que um se liberta das cadeias.
Enquanto o algoz continua a chicotear,
Indicando que a direção dos olhos são
Para a frente, que não nos movamos.
Olho e só vejo o vulto na parede, mas tenho
Medo de manifestar alguma reação.
Foi-se ele, ninguém o viu sair.
Retorna este que outrora fora um dos nossos
Exprimindo sua mágica e mundana utopia,
Dizendo-me que estamos errados, que há sonhos,
Que há cores, existe um mundo fora esse da caverna
A ser desbravado, que há sorrisos,
Sol, flores, que existe música e liberdade.
Eu me calo e cabisbaixo não acredito
Que exista qualquer outra coisa além das sombras.
Desanimado ele se afasta e volta, alçando vôo
Para o seu outro mundo, recém descoberto.
Eu fico aqui com minhas cadeias e minha
Lamúria, penúria...
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Biografia: Sou paulista nascido em Ilha Solteira, interior de SP, formado em Letras Licenciatura Plena pelo Centro Universitário Assunção UniFAI, tenho 35 anos e estou para começar a lecionar no meio público e privado de ensino fundamental e médio. Sou músico,canto, toco, fui tenor do Coral Sagrado Coração de Jesus em Três Lagoas-MS,
Sempre escrevi muito, lia muito, hoje dois anos após minha formatura, estou retomando a todo o gás o gosto pela leitura. Amo Shakspeare, mas leio de tudo, desde tratado filosóficos a textos de Zola, Tolstoi entre outros grandes. Tenho poemas publicados pelo site da UniABC (onde atualmente trabalho), pelo professor Sérgio Simka no link http://grupodeescritoresdauniabc.uniblog.com.br/
Ainda não sou conhecido, mas espero em breve sê-lo. |