PELÉ
E uma vez que não o veja
Quando entrega-me teu peito
Na turba acesa de um tempo
Em que o pé é o corpo todo
Em que cala-se ou vibram
O mesmo povo ao tempo
Da habilidade na jogada
Anterior ou no próximo minuto
E outra vez, pode ser que veja
Porque quem sente mais
É resultado do que escrevo :
O sofrido coração ou a mente
Que não pensa ...
E é um tempo que imagino
E nem posso crer que é real
Pois aquele terrível menino
Mais parece dois, ou três, além do normal.
Mas enforca-lhes o tempo
E não sorri o adversário
Dando asas, me conduz, a doce
Voz que embala este canário.
E o tempo se-lhe mostra que é real
Realeza, mais nobreza, é um rei, é imortal !
( Escrevi o poema em homenagem aos 70 anos de Pelé e fiz chegar os versos até ele. Recebi uma gentil carta do rei do futebol, em que agradece o poema e felicita-me pelo blog e pelos projetos musicais que fazem parte de nossa carreira. )
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