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À moda Camões
Marco Antonio Frozi Filho


Cala em minh`alma
Um grito agudo de liberdade
Que jamais se fará verdade

Sonho de uma vida intensa de alegrias
De felicidades
De potencialidades

Há uma brisa que bate na proa
Escuto ecos reproduzidos pelo vento ou serão vozes
Vozes de pessoas de minha vida passada
Que deixei nas saudades

Olho para trás, vejo o continente
Se apequena a cada instante
Que o navio se distancia da terra




E aquelas vozes que agora tornam a serem apenas ecos
Vão e voltam nos pensamentos cegos
Ainda aprisionados
Ainda angustiado


Como faca que sangra o peito
Os sentimentos estarão em cheio
Machucando com lembranças
Que deixarão cicatrizes nas esperanças

Mas tenho que seguir meu caminho
Devo afastar-me de mancinho
Quero decidir-me sozinho

Esse grito é quase suspiro
É quase dor
Por ser conduzido a um destino bom
Para não ser vencido para não vacilar

Onde me levas navio
Nuvens do mar
Uma vez menos fastio,
Uma vez mais esperança, uma única vez amar

Deixo esses suspiros quase ocultos
Deixo para trás um viver
Deixo nas lágrimas um descrer




Afasto-me a cada momento
Gotas de lágrimas caem e formam o sexto oceano
Um átomo é poeira
A explosão de dois átomos é VIDA/ UNIVERSO


Somos terra
Somos água
Somos nada

E vou para longe
Procuro vida nova
Sonhando o impossível
Permanecendo com coração inverossímil



Tu, horizonte, é que me alegras!
A mim e ao mundo, que o sou
Onde chegarei não sei e
Sigo em busca de destinos encobertos

E que triste é essa incerteza
Não saber onde chegar
Explica-me, oh ! Sol, a razão disso

Com que passos vacilantes
Vê o criador a minha pretensão
de encontrar respostas e construir o destino
Destino esse já talvez traçado

Vem os crepúsculos das áureas manhas
Vão os crepúsculos das belas tardes
Vem luas e estrelas
anunciando o sono do Sol e a passagem dos dias

Agora vejo de longe a praia do futuro
De repente do trêmulo chaqualhar das ondas
Vêm o passado, vacilo,
Mas, sim ! precisa se ir avante!


É necessário ter força
Desbravar esse mundo novo
Deliciar-se com o perigo de beber um cálice de veneno

É preciso enfrentar as Esfinges
Vencer as minhas Hidras
Dominar as éguas de Diomedes
E resistir ao néctar de Cila e aos encantos de Cleópatra

Conseguirei, assim,
Passar pelo Estige conduzido
Pelo velho Caronte como o mais novo Quixote
que cumpriu sua missão de viver em guerras do consigo mesmo


Biografia:
Marco Antonio Frozi Filho, natural de Porto Alegre nasceu em 1986, é Professor de Português formado pela FAPA (Faculdade Porto-Alegrense) e é estudante do curso de Pós - Graduação em Assessoria Lingüística em Língua Portuguesa na FAPA. participou durante os anos de 2007 e 2008 do grupo Contadores de Histórias do qual fez várias apresentações de recitação de poemas e teatro em escolas particulares de Porto Alegre e na 49ª Feira do Livro de Porto Alegre. Atualmente, publica seus textos artísticos e científicos nas revistas eletrônicas.
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