As palavras que vem de onde amo
não me invade a ponto de quebrar a trinca.
O que eu amo não me machuca, mas me acaricia.
Não me ilude, mas me vicia. Não me espanta,
mas me espalha. Não me estraga,
mas me acalma. Não me esconde, mas
me recorda. Não me esquece, mas me
enquadra. O que espero do amor que
me cativa e me assume? Me envolve
nas tramas e nas trocas. Quero amor.
Quero ficar horas e horas com a mesma
pessoa. Quero ficar horas e horas
conversando. Escrevendo. Beijando.
O que esperar de quem amo se tudo é tão calmo?
Mas que essa calma envolve. Envolve e emociona.
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