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Quando a noite escurece
E, tudo desaparece...
Deito-me em plena prece.
Se a noite for fria,
O amor vem e me amacia
E também me aquece.
E, o que me parecia
Vasta tristeza,
Falo com franqueza
Torna-se imensa alegria
E de grande beleza.
Como se fora magia
Sonho com belo dia
Claro, que a mim
O passo alumia
Ao som de clarim
E prazer de festim.
Belos jardins irradiam,
Visões me acariciam.
A vida é ilusão da visão
Nada é escuridão...
Na mais negra solidão
Posso ver com o coração.
Um mundo feito de amor
E, amar suplanta a dor,
E a qualquer prazer.
De tudo e de nada
Dando um lazer
Equilibrado de viver
Junto ou isolado...
Voz pra não entender
A quem quer se entediar
Pela ilusão, pra valer.
É como olhar pra frente
Com olhar diferente
Sem nada ver...
Dirigindo-se ao lado,
Indiferente e isolado.
Sentimento a não ser
Explicado pelo dizer.
Termo: “Inebriagado”...
Aqui meio juntado.
Vendo o dia raiar
E muito alegrar
O coração da gente
Qual neste estado
Deixa o seu: “Obrigado”
A Deus, O Sagrado...
Qual deve ficar contente.
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