Vivo a languidez
dos olhos frios
e secos.
Amo-te,
afogo-me,
Choro.
Rios caudalosos
lavam as dores.
Tens amor, eu sei.
Por que te escondes
Quando luares
Descalçam teus pés?
Beijar teus lábios,
quero.
Vivo delírios.
Mornas palavras
completam-se,
cheias de medo
e dúvidas.
Linhas nascem,
ligam desejos
aos horizontes
onde dormem os poetas
e seus amores.
Leves, passam.
Tatuam imagens
na fina pele lisa.
Brincam meus dedos,
desenham lagos,
aves e montanhas.
Destinos traçam encontros.
Voltamos às caravelas,
morremos no mar.
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