De templos longínquos,
Tão alegre vem
A honrosa irmã
Dorothy stang
A América do Norte
Em sua esquadrilha
Doa a outro cais
Sua filha.
- Para onde vais
Pequena Dorothy?
-Vou para a missão.
Deus é meu forte.
Seguindo na trilha de dureza
A pequena Dorothy segue ilesa.
Ouvindo do alto o chamado
Parte para chão ignorado.
Num desfiladeiro de abutres
O amor da irmã se nutre.
Num despenhadeiro de roçado
O ódio de vê instalado.
Quem é desprovido de hipocrisia
Sente renascer a harmonia.
O fogo movido de ambição
Faz arder em chama seu clarão.
Em dias chuvosos de alegria
A irmã Dorothy reunia.
Dizia às montanhas seu valor
Levando a palavra do Senhor.
Mostrando qual era o caminho.
Na luta da terra contra o vento
Aplausos se ouviam com intento.
A irmã Dorothy centrada
Segue todo dia a mesma estrada.
Ouve pássaros que voam em disparada
Com olhares que flertam sua ação
Mesmo assim segue firme a missão.
“Sou irmã Dorothy Stang e minha arma
É a palavra do Senhor.
Contra o latifúndio arrasador
Dou a vida em forma de canção
Para que toda a nação
Sinta o organismo executor.”
Nesse chão do Pará abandonado
Cada passo fixa a lembrança
Da irmã que levou esperança
Para galhos de todos esquecidos
Os quais olham para ela embevecidos.
Tudo isto lembra muito bem o vento
Os rios e lagos correndo
Levarão tal memória às areias
Trazidas durante as cheias
Com coragem luta e tormento.
Noites indormidas, no relento,
Levando para o alto sua dor.
Pedindo força ao criador
Para continuar sua devoção.
Porém um dia em sua procissão
Viu no ar um clarão de estampido
E após ler o livro pedido
Entregou aos algozes seu destino
Viu seu fim de andar peregrino
E foi levar sua luz ao paraíso.
Deixou em nossa face seu sorriso
De bênçãos, exemplo e devoção
Findando assim sua procissão.
Autor: Manoel Messias Belizario Neto
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