Há várias coisas na minha
vida
que me abrutam a
sensibilidade:
uma porta fechada,
janelas de cedros
despencadas,
luzes de seda
debruadas,
poeira de tempo
amuadas,
e felicidade que
nunca vem
ameiada.
Casa de armários de
vila e agora,
a casa antiga - a casa dela -,
que um dia foi vinho,
foi beijo sem velas,
mas agora,
mas hoje é sonho.
Sonho de matar!
Pois metade de mim,
avante!
Ainda baila por ali,
na casa fechada,
de uma varanda,
um riacho,
meia-luz,
e dois abraços
eu e ela,
enlaçados, agora,
só no
ontem!
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