Num quero pensar....
Ás vezes me refugio na alma de um viajante que sem palavras de conforto se enterra da doce ilusão de um dia ter esperança.
Eu não queria, você sabia e mesmo assim me arrastou me deixando a sensação de culpa e de desespero de estar fazendo algo errado além de amar.
Pobre alma, dividida entre convenções e esperanças, desespero e amargura, de um amor infinito, que talvez não dure fisicamente, mas fica encravado na alma para sempre.
Tentei sair, sim tentei, mas quais não foram os grilhos que me prenderam, corpo livre, alma presa, que injustiça para um ser.
Acorrentada por um simples "Eu te amo!" numa tarde nublada, num lugar simples, naquele banco de praça...
Porque dizer palavras tão horríveis, machucar a alma de quem neste exato momento vira-se e vai embora apenas com estas palavras?
E neste exato momento notei, era minha primeira declaração e desilusão.
Ainda podia vê-la ao longe ir embora com outro. Ela me amava, eu sabia, porque não reagia?
E neste instante uma voz sonora ecoava dentro de mim e me despertava para a realidade...
É certo querer?
|