E não ficou pedra
sobre pedra,
da imensidão e florida,
indestrutível e coesa,
forma de nosso eterno amor.
Não por falta de tempo,
havia tempo entre a passagem
da lua e do sol,
havia lagos, ao longe,
iluminados por cor
marfim
e embaralhados por
toldos coloridos.
Tudo isso era por nada.
Era mania de você.
Sem carrugens de volta.
Mas constante.
Mas
se nutria do passageiro:
uma ordenança de uma
canoagem invisível.
Uma contratura de sonhos
e pirilampos.
De agenda cheia, de
coração saturado,
sem acessos,
e ela se perdeu entre
as letras:
e não foi amor em grupo.
Foi coisa de verdade:
lá, onde as gentes grandes
aprendem a ferir!
Foi tão isolado como
o céu, quando vai dormir;
tão só como o sol,
quando vai escaldar
os de classe, ou
passageiros:
os pingentes sem lar!
E tudo se foi
como se foi,
tudo que acabou.
Aliás, na manhã que
nos perdemos eu ainda
disse: não adianta forçar
o destino.As amarras
estão presas em
algum porto.
Quando ele revoa alado
para trás, não há sobreviventes
de tal aventura amargurada.
E só há um destino
agora e de passagem:
vá, pega sua manta azulada de
orvalho,
e vá viver no mundo do sonho
corrido, onde fadas do além
te esperam ansiosas por te conhecerem:
aquelas de mil dotes mas
sem, no coração, de archotes,
formado apenas
de fogo e lâminas de guerra!
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