Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
A COR DO VÁCUO
jessé barbosa de oliveira

Resumo:
A LEPRA QUE FLAGELA A CONSCIÊNCIA.





Como se contemplasse uma paisagem impalpável,
Testemunho recorrentemente
O ocaso e o desassossego dos sóis humanos:


Ainda hospedados na nave d’aurora;
A meio caminho do limite da estrada
Sombria, pérfida e sinuosa;
Dando passos cautelosos, breves
Sobre a obliqua corda bamba
Da falcifórmica alegria,
Cuja sina é ser o corpo
Que sempre tomba
Muito antes de chegar
Á fonte da água cristalina.


A mais pura verdade
É que a flor da inocência
Mal eclode, desabrocha, prospera;
Já sofre voz de prisão
E passa sua vida ----
Que, na gestação,
Emitia uma luz
Tão impávida, ígnea ---
Numa empedernida cela:
Solitária, sádica,
Faca a esventrar
Inclementemente
As vísceras da mental aquarela.









Ah, a onipotência da crueza
É uma força inexorável:
Ela desfila pelas passarelas da guerra;
Ela se alimenta de almas errantes, erráticas, crédulas;
Ela se transforma continuamente
Nos habitacionais carcinomas da selva de pedra.


Ah, a miséria humana
Ah, a sede por vidas etéreas
Sôfrega e celeremente
Apodera-se da nossa chama e medra soberana.


E depois,
A paisagem do vácuo
É o que unicamente sobra:


Não há mente
Não há verve
Não há lembranças nem versos de protesto
E de paixão.


O que vive é um corpo:
Um corpo
Que não ama, não pensa.
Um corpo
Que não sente dor, desejo,
Brisa, luto ou tampouco saboreia a vida.


O que vive,
Finalmente,
É uma matéria
Que apenas anda
E ocupar lugar
Sob a imensidão
Da atmosfera da Terra.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA



Biografia:
MEU NOME É JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA. NASCI NA CIDADE DO SALVADOR, BAHIA EM JUNHO DE 1982. EXARO POEMAS DESDE OS DEZESSEIS ANOS DE IDADE E ULTIMAMENTE TENHO O ENSEJO DE PODER PUBLICÁ-LOS EM ALGUNS NICHOS DE POESIA PRESENTES NO COSMO CIBERNÉTICO. CONTUDO, APESAR DE USAR A POESIA COMO UM INSTRUMENTO DE CATARSE PESSOAL E TAMBÉM FERRAMENTA DE REFLEXÕES SOBRE O MUNDO EM QUE VIVEMOS, NÃO ME CONSIDERO UM POETA POIS ESTE É UM ALQUIMISTA DA PALAVRA ÁCIDA. EM OUTROS TERMOS, QUERO DIZER QUE O BARDO É AQUELE CAPAZ DE TRANSMUDAR CHUMBO DA COTIDIANA EM ROSAS DE OURO. EM DERRADEIRA ANÁLISE, EU GOSTARIA DIZER QUE TODOS TEMOS QUE PROCURAR UM CAMINHO PARA NOS EMANCIPAR MESMO QUE SAIBAMOS QUE MUITOS DE NÓS TROPEGAREMOS EM VEZ DE CAVALGARMOS. SIM, E É POR ISSO QUE MINHA PESSOA ESCREVE: PARA QUE, NO TROPEGAR DE MINHA POESIA, EU POSSA ENCONTRAR A LIBERDADE. FALO TAL COISA, PORQUE UMA VEZ MARTIN LUTHER KING DISSE: --- "PODEM APRISIONAR MEU CORPO, MAS NÃO A MINHA MENTE". ATENÇÃO: TODOS OS POEMAS FORAM REGISTRADOS PELA BIBLIOTECA NACIONAL, SITUADA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E SE ENCONTRAM SOB A PROTEÇÃO DA LEI DOS DIREITOS AUTORAIS N° 9.610/98
Número de vezes que este texto foi lido: 61651


Outros títulos do mesmo autor

Poesias CÓRREGOS DE EPIFANIA jessé barbosa de oliveira
Poesias A PROSPECÇÃO DA PAISAGEM jessé barbosa de oliveira
Poesias NÓIA DE PRETO ALEIJADO jessé barbosa de oliveira
Poesias EL DOLOR MIO jessé barbosa de oliveira
Poesias HORAS NOTURNAS jessé barbosa de oliveira
Poesias ∑ LIMBO DA CONSCIÊNCIA jessé barbosa de oliveira
Poesias CHUVAS DE PENSAMENTO jessé barbosa de oliveira
Poesias POEMA DO DEPOIS jessé barbosa de oliveira
Poesias ALBATROZES, GELADAS E GILETES jessé barbosa de oliveira

Páginas: Primeira Anterior

Publicações de número 11 até 19 de um total de 19.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Resumo - Investigação preliminar no processo penal - Isadora Welzel 21 Visitas
Resumo - Trabalho da mulher e do menor - Isadora Welzel 20 Visitas
Resumo - Medidas cautelares - Isadora Welzel 20 Visitas
Resumo - Direitos reais em garantia e de fruição - Isadora Welzel 19 Visitas

Páginas: Primeira Anterior