LOVECRASH - Parte 1 (Suspense)
Introdução
Renata era uma mulher de meia idade, mas que conservava a aparência relativamente jovem. Além da aparência, ela reagia aos estímulos exteriores de forma leve e conformada, como os jovens se comportam ordinariamente.
Assim era como o mundo a via. E estava bem para Renata, pois que, em última racionalidade, tudo na vida é aparência mesmo. Querer a clareza e permanência de qualquer coisa vivente é ilusão.
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Os lugares e as pessoas
Por muito tempo, Renata se refugiou na ideia de que havia uma explicação para a origem dos erros seus e dos outros. Procurava nos ambientes onde adentrava um sinal ou portal para extrair a resposta das questões que a atormentavam.
Desistira de buscar tal solução nas pessoas há tempos. Com seus olhos espiralados, via todo o equívoco humano na loucura segura, onde cada um mora, para se proteger da insanidade alheia.
Vivemos, todos, no mesmo mundo, mas não na mesma realidade. Não importa em qual lugar você esteja ou viva, mantenha-se alerta, porque o que você pensa ou sente pode ser o extremo oposto daquilo que os outros percebem, acreditava Renata.
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