Minha vida é mata verde-chuvosa
Sem você é vivência odiosa, é sertão
Um árido sertão, sem você, solidão
Cem anos de solidão, um dia, sem você
Mar? Sim, meu mar ausente, apressado
A onda que vem não traz recado e entardece
Noite vem também, ah, mas sem sorriso
Sem sorriso eu não quero, recuso-a
E reconheço que rimar com “ão” seria mais fácil, mas só seria rima, não seria sério...
Tudo isso porque de cinco em cinco minutos, olho atônito o display do fone...
e constato estupefato, o absurdo:
não vejo teu nome!
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