Dizem que a partir do pecado original,
até nas cabeças de Reis e Príncipes
sobrevivem os incompreendidos sapos...
Ouvi falar do Pecado Original,
da ciência do bem e do mal
e da cobra que enche o papo
com o sapo que anda no salto,
estica a língua e engole a mosca
que não voa ou que voa baixo,
por medo ou preguiça de voar alto!
E dizem que, até hoje em dia,
engolir sapo ou comer mosca
virou cena de peça de teatro
e poema a partir da poesia!
O MENDIGO
Era só um sapo,
nem espelho tinha,
mas virar Príncipe
era o seu desejo...
Então o seu papo,
quando ia e vinha
era sempre o mesmo:
- Me dá um beijo!
Me dá um beijo!
O REJEITADO
O sapo reclama que
a mosca voa e
não se deixa engolir...
A mosca, por sua vez,
reclama que anda
engolindo sapo demais...
Assim, o amor
entre o sapo e a mosca
fica para o devir...
Ou na fila de espera
do expediente da Secretaria
da Beira do Cais!
O MEQUETREFE
Quando o sapo mequetrefe empapuça:
- Agacha-se e quieto evacua.
Quando não evacua o sapo mequetrefe:
- Reverbera e perde o enfoque.
Se a claque e a plebe descobrem o truque:
- Ele beberica Soda Cáustica.
Se a claque e a plebe sabem do trambique:
- Ele leva o choque, mas truca.
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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