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COMO PASSAM PROFESSORES E FAMÍLIAS PELA PANDEMIA COVID-19
Quéli Cristina Garcez Soares Quintana

Resumo:
Resumo: Atualmente o mundo vem passando por uma crise na saúde de toda população, uma situação pandêmica que atravessa nosso tempo atual, tendo mudado o cotidiano de todos os povos mundiais, trazendo novas possibilidades de aprendizados educacionais, inovando o sistemas e costumes. Mudam as atitudes e pensamento das famílias e de todos s governantes mundiais, onde a saúde física e mental torna-se a prioridade. Trocam-se antigos conceitos por novos conhecimentos, onde o interesse pelo bem-estar de crianças e adultos é a principal razão na busca da descoberta do novo normal.

Durante o recolhimento forçado muitas emoções e sentimentos afloram o peito e a mente dos que estão vivendo os dias da quarentena. Falar como estão as emoções das crianças e suas famílias na pandemia Covid-19, é também lembrar dos elos que mantêm o dia a dia das mesmas. É perguntar quem está mais sobrecarregado, quais suas novas atribuições, como está o nível de estresse e ansiedade em cada membro das famílias.
Os primeiros dias foram de ansiedade, as pessoas não acreditavam no que estava por vir, com o passar do tempo o cerceamento foi ficando cada dia maior, sem brilho, sem alegria, para as crianças suas brincadeiras já estavam ficando chatas, o ambiente estava se tornando pequeno, os desenhos na televisão perderam a cor e a falta de animação torna sua história sem graça. Nas crianças as mudanças de forma brusca do cotidiano deixam impressões em seu comportamento diferenciando-se na maioria dos habituais. Em alguns a tristeza, irritabilidade, apatia, falta de apetite e medos, são os relatos mais comuns às professoras.
Muitos pais mudaram suas rotinas em detrimento das crianças com suas atividades profissionais paralisadas ou alteradas para outro modelo, por algum tempo o cuidado dos filhos exigiu mais deles enquanto as escolinhas de educação infantil e ensino fundamental estão sem aulas presenciais.

De acordo com a Base Comum Curricular:
“Nas últimas décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a concepção que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do processo educativo. Nesse contexto, as creches e pré-escolas, ao acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o objetivo de ampliar e universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar- especialmente quando se trata da educação dos bebês e das crianças bem pequenas, que envolve aprendizagens muito próximas aos dois contextos (familiar e escolar), como socialização, a autonomia e a comunicação. Nessa direção, e para potencializar as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças, a prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família são essenciais. Além disso, a instituição precisa conhecer e trabalhar com as culturas plurais, dialogando com a riqueza/diversidade cultural das famílias e da comunidade”. (BNCC, 2018, p. 36).
Pensamos nestas famílias com mais atribuições, em sua maioria as mães das crianças se sobrecarregam por sua disposição, hoje além das tarefas domésticas há também a ajuda nas atividades remotas enviadas pelas professoras para as crianças em casa, tendo pouco retorno destas atividades talvez sejam alguns fatores como; o baixo poder aquisitivo de algumas famílias em muitos casos é uma barreira para aprendizagem e participação dos alunos, pois necessitando do sinal de internet, um celular ou computador, uma alimentação com qualidade nutricional, são alguns que interferem e prejudicam as crianças acompanharem as aulas. Essa tênue relação entre família e escola precisa da empatia de ambos os lados; da escola para entender que alguns pais não conseguem ajudar as crianças no pleno desenvolvimento das atividades, seja por falta de interesse na educação dos filhos, por problemas familiares, pelo entendimento de que é tarefa dos professores, por falta de tempo ou ainda pelo seu pouco tempo de estudo formal. E das famílias pelo entendimento que as crianças necessitam desenvolver-se integralmente como seres humanos suas habilidades e competências da interação com outras crianças tendo no ambiente escolar a oportunidade e todos os mecanismos para seu desenvolvimento cognitivo, e socioemocional.
Para os professores as árduas jornadas dos serviços domésticos juntamente com os planejamentos e a execução das aulas remotas mantendo o professor por mais horas trabalhando quando pode lança seu olhar ao longe pela janela e muitos pensamentos povoam sua mente principalmente de incredulidade no atual momento ao ver poucas pessoas na rua, as buzinas já não são ouvidas, as crianças já não passam para lá e para cá, o que estará acontecendo no fim de tarde com esse aperto no peito de um coração acelerado ao ouvir o noticiário na televisão com o número infectados e mortos aumentados.
Com base no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, (RCNEI), Brasil, (1998):
Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis (p.23).
Neste ínterim, os professores tiveram que se reinventar, tornando-se maestros das aulas remotas enviando atividades pesquisadas com carinho e dedicação para que todos os seus alunos consigam aproveitá-las e se desenvolverem. Para muitos é um grande desafio, pois passaram para frente de uma câmera, envolvendo e encantando seus alunos, recebendo elogios, lindos sorrisos e beijos lançados à tela, onde os olhos das crianças brilham de emoção e se tornam entristecidos pela distância de suas professoras e colegas. Há professores que necessitam preparar atividades impressas para serem entregues às famílias que não possuem o acesso à internet.
A observação do antigo normal, das atitudes na convivência com as pessoas da família vão se equilibrando às possibilidades de encontrar o novo e desconhecido normal. Aos poucos depois de meses parece que tudo está voltando, as pessoas tentam sorrir e voltar às rotinas de sempre, mas o anseio de que pareça uma ilusão corrói o peito, a angústia parecendo uma névoa de medos e incertezas voltem ao pensamento.
Mas sejamos positivos seguindo em frente, olhando o que acomete às pessoas tendo muitas famílias destroçadas pela falta de seus entes amados fazendo nosso melhor para que todos consigam superar suas dores e assim uma corrente de que tudo vai dar certo. O futuro este cheio de incertezas, os planos serão mudados para adequação em novo normal dentro dos aprendizados que cada um conseguir obter desta pandemia.
     Tenhamos fé e acreditemos que dará certo e passará como um sonho ruim, de onde o ser humano teve a oportunidade de pensar em si, na família e na convivência com o outro se melhorando para que seu reflexo apareça na relação com o planeta e com os outros seres humanos.
Referências:
Ministério da Educação http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf Referencial curricular nacional para a educação infantil: formação pessoal e social. Brasília: MEC/SEF, v.01 1998. 101p Acesso em: 08 out.2020

Portal do Governo Brasileiro Implementação Praticas Caderno-de-praticas Educacao-Infantil http://basenacionalcomum.mec.gov. Acesso em:10 out.2020

   


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