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Adubo do mundo
Flora Fernweh

O poeta fertiliza o mundo com sua poesia que germina no solo da vida. As palavras fecundam o solo molhado pela chuva das emoções. Vês aquele caule que se eleva? É o presente aéreo de uma imaginação mais fértil que a mãe natureza. Sei que as raízes não podem ser vistas a partir dessa superfície, mas podes sentir que elas se entrelaçam na dança subterrânea embalada pelos sons úmidos de uma terra macia e quente, no quarto escuro do tamanho mundo. É inevitável sentir os ramos que nos prendem e nos fixam em uma asfixia emaranhada, a rede que se fecha é a lembrança do berço primitivo em que deitávamos, à espera da luz e do alimento que sugávamos pelos poros do chão, pelas perfurações de uma alma livre que sonha com um novo mundo. Como me livraria das raízes que me prendem se elas são a essência e o sustentáculo daquilo que sou? Não quero fugir daqui, não vou embora de mim, se assim fosse, eu exibiria minhas verdes folhas por pouco tempo, mal sei que elas são mais brancas do que imagino, e esperam ardentemente que eu viva o suficiente para preenchê-las com toda a ferocidade de uma floresta que não se locomove, mas que sempre será o motor vivo de uma humanidade que está à beira de um abismo que leva diretamente ao deserto de uma seca mais fatal: a poética.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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