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TENTATIVA EPISTOLAR
Flora Fernweh

Invejo todos aqueles que fincam a âncora de suas alegrias e pesares em um bom ouvinte, pois nada tenho a lhe contar se tentar entender tudo o que penso, busco a fuga em meus pensamentos ao me questionar o motivo de ninguém ter restado e prefiro concluir comigo que a razão é o quarto caótico dentro de mim, abominado pelos rasos, porém não raros desventurados. Não sobrou ninguém, o que sobrou foi apenas a necessidade de escrever que me mantém viva e desperta para os murmúrios que tenho em mim, se as palavras esparsas, os sentimentos desconexos e as frases dançantes foram paridas aqui e agora, nenhum outro lugar as têm. Anseio por um abraço anônimo que envolva todo meu ser e suavize o peso que trago nos ombros já curvados, não busco nada além de alguém que se lance em meus poços escuros e barulhentos para admirar a beleza contida neles ao invés de silenciá-los com palavras vazias e ideias quietas. O que almejo é um destinatário que não pertença ao meu recém-chegado e inquieto destino, mas que vá embora antes de chegar, que seja o brilho do instável no raiar de uma vida matutina, um sopro visível que desmanche o sereno ignóbil de uma sombra noturna.


Biografia:
Sobre minha pessoa, pouco sei, mas posso dizer que sou aquela que na vida anda só, que faz da escrita sua amante, que desvenda as veredas mais profundas do deserto que nela existe, que transborda suas paixões do modo mais feroz, que nunca está em lugar algum, mas que jamais deixará de ser um mistério a ser desvendado pelas ventanias. 
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