Quando esta frase feita me surgiu, achei que tive uma sacada genial; mas, realmente, trata-se de um lugar-comum. Entretanto, aprendi com os “melhores” jornalistas da velha imprensa, que respira por aparelhos, que ideia nenhuma se desperdiça. Então, no meu latim porco, chinfrim e decorado: “Panis et circenses” (pão e circo).
Pois bem, ou pois mal, o governo federal se promove com narrativas; se novelas têm como uma das principais matérias-primas “narrativa”, por que não produzi-las? Sem se preocupar com responsabilidade fiscal, inflação e taxa do dólar e pensando na narrativa, o governo quer produzir suas próprias novelas. Isso numa época em que a Globo, que sempre filmou as melhores novelas, está em decadência no quesito. Quem quer, vê: a “Novelabrás” será engenharia social e pura propaganda a serviço do PT.
Atingirão quem, se serão piores que peças escolares? Apesar de serem veiculadas na “TV Traço”, os episódios já são potenciais candidatos a entrar para a nata das produções “trash” (lixo). Portanto, seus “cortes” serão vistos e revistos na internet como “o melhor do pior”.
Como estratégia mercadológica, atualmente, a iniciativa é tão desastrosa quanto montar uma videolocadora comum. No entanto, é óbvio, como o dinheiro não é do governo, os petistas nunca perderão ao enterrar uma fortuna na empreitada que tem tudo para dar errado. No entanto, o governo é experiente em investir, com dinheiro dos outros, em produtos que têm um prejuízo presumível, por isso, são fracassos anunciados.
Segundo Milton Friedman, existem 4 maneiras de gastar dinheiro:
🔹usando o seu próprio dinheiro para você mesmo [muito interesse sobre a qualidade e o custo];
🔹usando o dinheiro dos outros para você [muito interesse sobre a qualidade e pouco com o custo];
🔹usando o seu próprio dinheiro para outras pessoas [pouco interesse sobre a qualidade e muito sobre o custo];
🔹usando o dinheiro dos outros para outras pessoas [pouco interesse sobre a qualidade e o custo].
Logo, os folhetins estatais têm tudo para serem superfaturados e péssimos.
Nos anos 80, a novela ‘Que rei sou eu?’ satirizava o governo federal, fazendo um paralelo com a monarquia francesa. Trinta e cinco anos depois, aparentemente, a corrupção aumentou e, com absolvições e a furadeira “antilavajatistas”, estão tentando torná-la mais tolerável. A “Novelabrás” é só o “se passa um boi, passa uma boiada” petista. Será um eficaz esquema para transferir recursos aos artistas/militantes e o maior disseminador de “lacração” jamais vistos.
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