Estão vendendo areia de Copacabana, no Rio de Janeiro, do show de Madonna. Sensacional! Quem teve a ideia desse empreendimento, além da estratégia do plano infalível, tem a certeza de que há mais otários que areia nos 7367 quilômetros do litoral brasileiro.
O saco da “Areia da Madonna” está custando U$ 8,99 (varia). Deve ser um preço promocional, pois a “Lei do Mercado” (oferta e procura) ainda não inflacionou o produto. É lógico que dá para desconfiar que a suposta areia de Copacabana pode ter sido recolhida em Itanhaém, São Paulo, e quem comprar o produto pode contribuir com a extração mineral da costa brasileira.
Isso é tão confiável quanto comprar um terreno na Lua. Provavelmente, o espaço cósmico já foi quase todo loteado e adquirido. O pedacinho de solo lunar está saindo por U$ 24,00 (varia). Parece um ótimo negócio, considerando que o Elon Musk está providenciando um transporte mais barato. Mas eu já decidi, enquanto não sair um ônibus escrito Apollo, na Rodoviária doTietê, eu não compro o meu pedacinho de chão lunar.
Já passou o tempo, mas eu acredito que tem muita gente guardando um pedaço de cimento Votoran achando que tem uma lasca do Muro de Berlim. Eu posso até ver, essa raça chorando ao ouvir Wind of Change, do Scorpions.
Quando eu era um molequinho louco por futebol, pedi para minha irmã trazer um punhado de grama do Maracanã (show do Paul McCartney). Se minha irmã fosse uma charlatã, bastaria recolher um pouco de capim no meu quintal. Duvidando que o Zico tivesse pisado em algo próximo daquela safra, eu teria dado o mesmo destino àquele maço de mato seco: o lixo.
A iniciativa (saquinho de areia), inspirada em Sérgio Naya, proporciona a aquisição de uma “lembrancinha”, da cantora, que se não virar item de colecionador, será uma eterna lembrança de que você pode ter sido passado para trás.
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