Nos tempos dos “piromaníacos” Ricardo Salles e Jair Bolsonaro, as coisas eram mais simples. O mundo prestava atenção quando Lula e Marina Silva acusavam o ministro do Meio Ambiente e o presidente da República. Agora, com um Brasil pegando fogo, as causas são quase sobrenaturais, mas nunca humanas. Afinal, eximem-se de responsabilidades quando atribuem as queimadas a quaisquer culpados, quem sabe, até a um mitológico Prometeu ou um histórico Nero.
Mas os petistas conseguiram fazer o meu exagerado mito grego soar verossímil. Dentre as possíveis causas, surgiu a “ave incendiária”. O bicho dotado de super poderes com nome de vilão de filme de super-herói foi o inimigo das florestas, não abstrato, escolhido para herdar a culpa do longínquo governo “bolsonarista”.
Incapaz de tomar uma atitude prática, o governo federal criará um novíssimo “comitê de combate a incêndios”. Além de o nome carregar o peso e a ineficiência do que parece um inócuo e perdulário gabinete estatal burocrático, a palavra “comitê” é assustadora, pois começa a aproximação dos lobistas, bajuladores e oportunistas de sempre, Luiza Helena Trajano, Felipe Neto e Janja, respectivamente.
Esse partido (PT) e seus satélites (PSOL, PCdoB etc) são estrategistas quando criam siglas enormes que escondem a incompetência atrás de uma suposta intelectualidade.
Exemplo: CIAMP — Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua. Sensacional! Essa turma realmente sabe das coisas. São insuperáveis em não fazer nada, mas nomear os programas sem efeito. São nomes que confundem a cabeça de qualquer cidadão. Dá até vergonha de perguntar para que serve. O nome parece um título de tese de doutorado de uma universidade federal.
Depois das “guerras imperceptíveis, como se estivéssemos lançando nanomíssseis na atmosfera, que alteram as regularidades cósmicas”, vêm aí as aves incendiárias. Agora vai...
|