Vamos isolar a variável tempo, t, da expressão F=m*a.
Sabemos que, a= v / t e que, v= s / t.
Daí:
F= m*s / (t^2)
t^2 = m*s / F
t= (m*s / F)^(1/2)
Imaginemos dois neandertais, que já conhecem a polia, e que possuem várias pedras quadradas iguais.
Como nos clássicos exercícios de Física, um monte destas pedras está num plano elevado, ligada por um cipó, que passa pela polia, a outro monte de pedras elevadas acima do solo.
Deixa-se que os montes desloquem-se, até o monte suspenso encontrar o solo e parar o sistema.
Um neandertal está no plano acima e outro no solo abaixo.
Eles querem calcular o tempo transcorrido, usando a expressão acima.
- Qual a força que temos ai? Pergunta o que está acima ao outro.
- Vejamos, temos 1, 2, 3....100 pedras. A força é de 100 pedras! E qual a massa ai encima?
- Temos 1, 2, 3...100 pedras. A massa é de 100 pedras!
- E qual foi o deslocamento?
- Vou medir utilizando o comprimento de uma pedra. São 1, 2 ,3...64 pedras. O deslocamento é de 64 pedras!
Com os dados obtidos desta maneira pelos dois neandertais, podemos usar a expressão deduzida acima:
t= (100pedras*64pedras/100pedras)^(1/2)
t= (64 pedras)^(1/2)
t= 8*(pedras)^(1/2)
Indo um pouco além, podemos considerar que uma pedra, no plano, fica definida pelo comprimento de sua base e pela sua altura, ou seja:
b x h = metros*metros = metros^2
Substituindo em t, temos:
t= 8*(metros^2)^(1/2)
t= 8 metros
Chegamos a um tempo medido em metros.
Podemos considerar este texto uma brincadeira de conceitos, mas ilustra bem como na Física tudo não passa de definições adequadas.
rogeriogattaisiffert@gmail.com
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