Jurema era uma abelhinha. Amava trabalhar.
O seu trabalho era o mais encantador de todos, pois voava de flor em flor experimentando os seus maravilhosos perfumes e alegrando-se com suas várias formas e cores.
Pasmem, as flores eram simplesmente estonteantes em suas formas, cores e perfumes! Brotavam das plantas no mês mais encantador do ano, quando a Primavera dava sua cara escondendo o cinza frio e melancólico do Inverno.
Jurema sabia que, nesse período, as flores vinham ao mundo falar de amor e revelar o prazer que há na companhia de um par para cada espécie viva sobre a Terra. Até a lagarta Dinorá encontrou um companheiro!
Nessas ocasiões, em que as flores se abriam radiantes, Jurema e as suas companheiras procuravam aquelas que ofertavam o melhor néctar. Aquele alimento precioso que serve para as abelhas produzirem o saboroso mel.
Nesse dia, ela voava de flor em flor e retornava à colmeia, lar e emprego de todas as abelhas, para avisar sobre a localização desse tesouro, que iria alimentar a Rainha e seus filhotinhos, bem como, zagões e abelhinhas. Sua tarefa era muito importante. Toda a colônia de abelhas dependia de sua responsabilidade e compromisso para poderem sobreviver.
− Ah! Que dia maravilhoso para trabalhar! – exclamou alçando voo sobre as plantas com largo sorriso de felicidade.
Ela cantarolava e bailava no espaço lindamente ornado pela flora tropical. Como pode se observar, encontrava-se muito feliz e consciente das suas obrigações. Dever e felicidade sempre deveriam andar de mãos dadas como os casais na Primavera, assim, provavelmente o mundo seria um lugar mais harmônico e favorável a existência.
Repentinamente, não se sabe bem de onde, apareceu em voo rasante um besouro cascudo quebrando a concentração da contente abelhinha. Plantou-se na bela rosa vermelha, vestida com pétalas acetinadas de tirar o fôlego a qualquer um. Engatou-se em suas patas e afiou o ferrão.
− Alto! Alto lá! – falou com sua voz grossa e autoritária. − Não se atreva a roubar o néctar dessa maravilhosa rosa vermelha!
Jurema estancou em pleno voo espantada.
− Mas que audácia! Quem o Senhor pensa que é para me agredir sem qualquer sombra de respeito? – indagou colocando as patinhas bracinhos na cinturinha com cara de poucos amigos.
− Eu sou o guardião desse jardim! E não vou permitir que nenhuma abelha atrevida venha retirar o néctar das flores – respondeu o besouro cascudo muito cheio de si.
− Pois saiba o Senhor que nós, abelhas, não roubamos nenhum néctar. Essa maravilha nos é doada pelas flores que habitam esse jardim e elas se sentem muito satisfeitas em poderem contribuir para alimentar a vida de tantos. Com a nossa coleta, o néctar não é desperdiçado e serve para alimentar muitas vidas e as flores cumprem plenamente seu papel na natureza – completou Jurema muito zangada.
Nessa disputa acirrada de poder entre a abelhinha e o besouro, ouve-se uma voz doce e apaziguadora saída das plantas.
− Amigos, não briguem! Não é necessário tanta confusão e conflito – diz D. Rosa Vermelha com largo e conciliador sorriso. – Realmente, Jurema, todas nós autorizamos e aplaudimos o seu incansável trabalho de auxiliar a cadeia da vida com o nosso néctar. É uma maravilha! O mel que vem dele, alimenta e cura. Isso é muito bom!
Jurema ficou toda satisfeita com essa declaração, pois demonstrou que ela não estava praticando um ato desonesto como fora insinuado pelo besouro. Ela tinha como princípio fundamental, não apenas ela, mas toda a colmeia, praticar a honestidade, a solidariedade e a cooperação em suas vidas e em seus relacionamentos. Por essa razão, sentiu-se ofendida em seus valores com a petulância do guardião do jardim.
− Senhor Besouro Cascudo, todas nós agradecemos seu zelo em cuidar de nosso bem-estar e de todo o jardim – continuou a bela Dona Rosa Vermelha. − O seu trabalho também é muito importante para a sobrevivência de todos, ou seja, principalmente para a preservação da natureza que somos todos nós.
Ao ouvir isso, o Besouro Cascudo acalmou seu coração e passou a prestar mais atenção ao que Dona Rosa Vermelha falava.
− Eu fui escolhida entre minhas amigas – ela prosseguiu − para pedir aos dois que sejam compreensíveis, um com o outro, para continuarmos a viver em harmonia. O amor e a compreensão são a base de todos os relacionamentos.
− Estamos na Primavera, vamos acabar com esse desentendimento e continuar a espalhar a energia dessa encantadora estação do ano – concluiu Dona Rosa Vermelha.
À medida que ouvia essas palavras, o Besouro Cascudo foi desarmando seu ferrão e recostou-se calmamente em uma samambaia.
Jurema tirou as patinhas bracinhos da cinturinha e voltou a sorrir em seu voo sobre as rosas.
− Desculpe, Seu Besouro Cascudo, foi apenas um grande desentendimento – falou alegremente já esquecida da discussão. – Obrigada, Dona Rosa Vermelha pelo esclarecimento. Conversando é que a gente se entende.
Continuou seu voo por entre as flores alegremente recolhendo o néctar para levar para a colmeia.
O Besouro Cascudo já calmo, com seu ar sisudo de muita responsabilidade, voltou a penetrar no meio das flores, para supervisionar se tudo estava tranquilo para garantir o bem-estar delas, justificando a necessidade de sua atividade de guardião do jardim.
Realmente, Jurema também amava sua atividade profissão e tinha consciência da importância dela para a sobrevivência da sua comunidade e para a existência de outras espécies de seres.
Agradecida, a natureza sentiu-se revigorada com sua atitude colaborativa e, em resposta à paz e à compreensão outra vez reinante, resplandeceu, aumentando a beleza das cores com a ajuda do sol para felicidade de todos os habitantes do jardim.
Jurema era uma abelhinha. Amava trabalhar.
O seu trabalho era o mais encantador de todos, pois voava de flor em flor experimentando os seus maravilhosos perfumes e alegrando-se com suas várias formas e cores.
Pasmem, as flores eram simplesmente estonteantes em suas formas, cores e perfumes! Brotavam das plantas no mês mais encantador do ano, quando a Primavera dava sua cara escondendo o cinza frio e melancólico do Inverno.
Jurema sabia que, nesse período, as flores vinham ao mundo falar de amor e revelar o prazer que há na companhia de um par para cada espécie viva sobre a Terra. Até a lagarta Dinorá encontrou um companheiro!
Nessas ocasiões, em que as flores se abriam radiantes, Jurema e as suas companheiras procuravam aquelas que ofertavam o melhor néctar. Aquele alimento precioso que serve para as abelhas produzirem o saboroso mel.
Nesse dia, ela voava de flor em flor e retornava à colmeia, lar e emprego de todas as abelhas, para avisar sobre a localização desse tesouro, que iria alimentar a Rainha e seus filhotinhos, bem como, zagões e abelhinhas. Sua tarefa era muito importante. Toda a colônia de abelhas dependia de sua responsabilidade e compromisso para poderem sobreviver.
− Ah! Que dia maravilhoso para trabalhar! – exclamou alçando voo sobre as plantas com largo sorriso de felicidade.
Ela cantarolava e bailava no espaço lindamente ornado pela flora tropical. Como pode se observar, encontrava-se muito feliz e consciente das suas obrigações. Dever e felicidade sempre deveriam andar de mãos dadas como os casais na Primavera, assim, provavelmente o mundo seria um lugar mais harmônico e favorável a existência.
Repentinamente, não se sabe bem de onde, apareceu em voo rasante um besouro cascudo quebrando a concentração da contente abelhinha. Plantou-se na bela rosa vermelha, vestida com pétalas acetinadas de tirar o fôlego a qualquer um. Engatou-se em suas patas e afiou o ferrão.
− Alto! Alto lá! – falou com sua voz grossa e autoritária. − Não se atreva a roubar o néctar dessa maravilhosa rosa vermelha!
Jurema estancou em pleno voo espantada.
− Mas que audácia! Quem o Senhor pensa que é para me agredir sem qualquer sombra de respeito? – indagou colocando as patinhas bracinhos na cinturinha com cara de poucos amigos.
− Eu sou o guardião desse jardim! E não vou permitir que nenhuma abelha atrevida venha retirar o néctar das flores – respondeu o besouro cascudo muito cheio de si.
− Pois saiba o Senhor que nós, abelhas, não roubamos nenhum néctar. Essa maravilha nos é doada pelas flores que habitam esse jardim e elas se sentem muito satisfeitas em poderem contribuir para alimentar a vida de tantos. Com a nossa coleta, o néctar não é desperdiçado e serve para alimentar muitas vidas e as flores cumprem plenamente seu papel na natureza – completou Jurema muito zangada.
Nessa disputa acirrada de poder entre a abelhinha e o besouro, ouve-se uma voz doce e apaziguadora saída das plantas.
− Amigos, não briguem! Não é necessário tanta confusão e conflito – diz D. Rosa Vermelha com largo e conciliador sorriso. – Realmente, Jurema, todas nós autorizamos e aplaudimos o seu incansável trabalho de auxiliar a cadeia da vida com o nosso néctar. É uma maravilha! O mel que vem dele, alimenta e cura. Isso é muito bom!
Jurema ficou toda satisfeita com essa declaração, pois demonstrou que ela não estava praticando um ato desonesto como fora insinuado pelo besouro. Ela tinha como princípio fundamental, não apenas ela, mas toda a colmeia, praticar a honestidade, a solidariedade e a cooperação em suas vidas e em seus relacionamentos. Por essa razão, sentiu-se ofendida em seus valores com a petulância do guardião do jardim.
− Senhor Besouro Cascudo, todas nós agradecemos seu zelo em cuidar de nosso bem-estar e de todo o jardim – continuou a bela Dona Rosa Vermelha. − O seu trabalho também é muito importante para a sobrevivência de todos, ou seja, principalmente para a preservação da natureza que somos todos nós.
Ao ouvir isso, o Besouro Cascudo acalmou seu coração e passou a prestar mais atenção ao que Dona Rosa Vermelha falava.
− Eu fui escolhida entre minhas amigas – ela prosseguiu − para pedir aos dois que sejam compreensíveis, um com o outro, para continuarmos a viver em harmonia. O amor e a compreensão são a base de todos os relacionamentos.
− Estamos na Primavera, vamos acabar com esse desentendimento e continuar a espalhar a energia dessa encantadora estação do ano – concluiu Dona Rosa Vermelha.
À medida que ouvia essas palavras, o Besouro Cascudo foi desarmando seu ferrão e recostou-se calmamente em uma samambaia.
Jurema tirou as patinhas bracinhos da cinturinha e voltou a sorrir em seu voo sobre as rosas.
− Desculpe, Seu Besouro Cascudo, foi apenas um grande desentendimento – falou alegremente já esquecida da discussão. – Obrigada, Dona Rosa Vermelha pelo esclarecimento. Conversando é que a gente se entende.
Continuou seu voo por entre as flores alegremente recolhendo o néctar para levar para a colmeia.
O Besouro Cascudo já calmo, com seu ar sisudo de muita responsabilidade, voltou a penetrar no meio das flores, para supervisionar se tudo estava tranquilo para garantir o bem-estar delas, justificando a necessidade de sua atividade de guardião do jardim.
Realmente, Jurema também amava sua atividade profissão e tinha consciência da importância dela para a sobrevivência da sua comunidade e para a existência de outras espécies de seres.
Agradecida, a natureza sentiu-se revigorada com sua atitude colaborativa e, em resposta à paz e à compreensão outra vez reinante, resplandeceu, aumentando a beleza das cores com a ajuda do sol para felicidade de todos os habitantes do jardim.
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