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FRUTO PRECIOSO 2
DE PAULO FOG
ricardo fogzy

Resumo:
BOM



          Ali naquela rua, pouca iluminação, dona Lindalva bem que já ligara para mais de 15 vezes a concessionária sobre a lâmpada queimada.
    Pois até hoje nada, aquela que era a única da rua, agora se soma com mais de 8 postes em mesmo estado, profunda escuridão.
    Josuel sai da cama, coça as partes íntimas por cima da cueca surrada, elástico nas pernas já se fora, na janela do corredor ao banheiro ele avança seu tronco para fora desta cuspindo na velocidade que pode, logo avista ao produto salivar caindo no córrego do boi.
    Noêmia ainda sob o efeito do porre da noite na birosca do Valdir, faz bochecho ali numa mesinha ao lado da cama.
    Cospe aquilo no vaso sanitário e sai a procura da calcinha, veste esta e agora sua luta é pelo sutiã, filho único, ganhara de um policial do Paraná, no natal passado.
    - Onde anda minha coisinha?
    - Sabe-se lá, talvez na vitrine de Matilde.
    - Oras, esta achando que cai assim no mal gosto.
    - Olhe Josuel, preciso da grana.
    - Já vai?
    - Sabe que tenho de ir.
    - Tudo certo.
    O homem sai para a cozinha e logo retorna com os 50 reais.
    - Só isso?
    - Foi o que pediu.
    - Bem que digo, servir aqui neste lugar é o ó.
    - Vai logo.
    - Adeus.
    - Adeus nada safada, sei que tu gosta.
    - Tchau.
    Noêmia sai dali com a sandália na mão, a bolsinha á tiracolo, logo na frente da viela ela faz sinal para um motoqueiro que para frente a ela.
    A mulher sobe na rabeira e segue para fora da comunidade.
    Josuel termina de passar o café e serve um copo para si.
    - Oba, tá muito bom.
    Seu celular toca e ele atende, do outro lado Miguel seu irmão mais velho 2 anos.
    - E ai.
    - Beleza.
    - Salve.
    - Salve.
    - Tenho um trampo para a gente.
    - Qual?
    - Duas lajes, uma para sabádo e outra para domingo.
    - Vai rolar cerveja e churrasco?
    - Lógico e ainda 80 conto pra cada.
    - Tô dentro.
    - Valeu mano.
    - Na força.
    Foram dois dias no fim de semana bem trabalhados.
    Laje pronta e o pagode com cerveja e um churras pra completar, lá pelas 11 da noite, Josuel retorna para sua casa.
    - Oi.
    - O que foi Noêmia?
    - Me deixa ficar uns dias por aqui, em sua casa?
    - O que você fez?
    - Vá te catar vai.
    - Fale logo, desembuxa.
    - Bem eu dei uns cola num cara lá do centro.
    - Rico?
    - Sim, mais ou menos, influente como dizem.
    - E ai?
    - Ele chegou todo cheio de carinho, me chamou para fazer de um jeito bem carinhoso, entende, depois no quarto o cara se revelou, se fez um piscopáta daqueles, me deu tapas e me jogou no chão por várias vezes.
    - E agora quer ficar aqui, depois de toda a lambança?
    - Só uns dias até que a poeira baixe.
    - Vai, fique mais terá de me ajudar, tem sempre coisas a se fazer por aqui.
    - Fique tranquilo vou muito bem de ti e de sua casa.
    - Por enquanto só da casa ja esta de bom tamanho.
    - Tá.
    Ela acompanha Josuel para dentro da casa, logo na sala o homem lhe indica o sofá velho.
    - Quer que eu fique ai?
    - É pegar ou largar.
    - Tá certo fazer o quê, uma pessoa em minha atual condição não tem muito que escolher.
    - Pois é assim mesmo.
    A mulher coloca a mochila no sofá e a sua bolsa grande com roupas no chão ao lado deste.
    - Posso tomar um banho, estou sem tomar um ha um bom tempo?
    - Claro é só ir.
    - Você vem?
    - Bem, vou logo te explicando, não é que eu não queira, mais você tem de entender, não costumo abrigar neste local, piranha, então vai logo e toma seu banho, quando eu quiser você eu te falo.
    - Bruto.   Ela segue para o banheiro, Josuel troca de roupa e passa limão nas axilas e um pouco de perfume no pescoço, sai dali.
    Noêmia ali no banheiro, tira a roupa e olha pelo espelhinho acima da pia do lavatório, o corte próximo ao seu seio esquerdo.
    - Puta que pariu, quase que você foi hein piranha.
    Ali sozinha ela cai na gargalhada daquela situação.
    De madruga, Josuel chega mais 2 mulheres e seguem para o quarto, uma delas deixa cair cerveja em cima de Noêmia que dorme no sofá.
    - Caralho, bem que você disse, agora tem uma inquilina aqui.
    - Pois é, não te disse.
    - Meio velha essa puta hein, Josuel.
    - Vamos, temos coisas bem melhores para nós no quarto.
    - Ai sim, adoro isso.
    Antes de amanhecer, as mulheres saem do lugar, Josuel vai para o banho, escarra, escova os dentes e joga água no rosto.
    - Bom dia.
    - Bom.
    - Fiz café.
    - Obrigado.
    - Quer que eu lave aquelas roupas?
    - Se puder, faça.
    - Obrigado mais uma vez por me deixar ficar aqui.
    - Tá, tudo ok.
    Ele bebe o café e segue para o trampo, junto de seu irmão, pegaram 2 sobrados para levantar do alicerce.
    - Tô indo.
    - Tá, bom trabalho.
    - Se for sair, deixe a chave no lugar que te disse, embaixo da pedra perto da porta.
    - Tá, farei isso, se for sair.
    - Falou.
    Ele pega a mochila e joga nas costas e sai, Noêmia lava a louça pouca do café, amarra os cabelos para trás e inicia a lavagem das roupas á mão no velho tanque de cimento do lado de fora da casa aos fundos.
    Ao som do cantor mais romântico do nordeste, ela vai fazendo a limpeza daquelas roupas, depois de algum tempo ouve palmas na frente da casa.
    - Oi.
    - Oi querida vim te fazer uma visita.
    - Não creio, você veio é terminar o que aquele cafajeste começou a fazer.
    - Não, olha bem, trouxe essa grana só para ti, presente dele, uma espécie de desculpas pelo ocorrido naquele hotel.
    - Sei não, sabe, aquele seu patrão é um monstro isso sim.
    - Isso não posso dizer, mais olhe ele ficou muito sentido, te pede mil desculpas Noêmia.
    - Tá deixe ai o que ele mandou e vaza, estou aqui só por um tempo e o dono daqui é meio rude.
    - Pois é de todo jeito obrigado por não ter levado á tona os acontecidos naquele quarto tá.
    - Quem iria acreditar, afinal palavra de puta não tem e nunca terá vez neste país de merda.
    - Você quem diz isso.
    - Tá tchau.
    - Até logo.
    O homem a cumprimenta de longe e sai, deixando o envelope ali no chão, ela aguarda sua ida e pega o mesmo abrindo-o, dentro cerca de 5 mil reais.
    - Canalha.
    Terminada a limpeza da roupa, ela arruma suas coisas e sai dali deixando a chave no local indicado por Josuel.
    Dias depois, Josuel segue com sua vida, sem ter noticias de Noêmia, mais logo recebe duas ligações dela lhe agradecendo a força que ele a dera.
    Alguns meses, ali na rua, na escuridão da noite, pára um furgão e deste desce 2 homens que desovam um corpo frente a viela.
    - Meu Deus.
    Da janela de sua casa, Josuel vê tudo porém sem auxilio de uma iluminação decente pública ele vê vultos do que sucedera, assim que o veiculo sai ele ainda dá um certo tempo e desce para o local, ali á beira da saída do esgoto improvisado, Noêmia morta.


                                                      120222020..............


Biografia:
ler e escrever é minha vida assim
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