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Escravatura e abolição – Heróis e heroínas por libertação
Heróis e heroínas por libertação
Francisco Martins Silva

Resumo:
No Brasil, país em que nascemos e vivemos, estas questões não têm sido diferentes. Passando pelo processo de colonização e pelo Brasil império até se chegar à república, em que as políticas desenvolvidas pelos senhores, sejam os reis ou posteriormente os grandes proprietários de terras, fazendeiros, ou mesmo outros com seus títulos de nobreza, usaram do poder da autoridade as formas mais cruéis e dominadoras com relação aos mais necessitados, pobres e sobretudo, os negros, que como escravos foram tratados da mais agressiva humilhação em suas fazendas, com trabalhos pesados, sendo levados aos troncos para apanharem pelos feitores devido a qualquer causa que pudesse ter incomodado seus patrões, chegando a serem vendidos como mercadorias para trabalhos escravos a outros senhores, visto que, até suas moradas, ou seja, o lugar apenas para dormirem mesmo que sem conforto, as chamadas senzalas, provocara nos negros o desejo de fuga, de liberdade e a sonharem com um quilombo, uma nova morada, um ponto de apoio mais digno para suas vidas.

Há tempos e em todas as esferas sociais tem se debatido sobre questões referentes ao racismo, à escravidão e sobretudo, à resistência em relação a estes casos de abusos em meio à humanidade. No Brasil, país em que nascemos e vivemos, estas questões não têm sido diferentes. Passando pelo processo de colonização e pelo Brasil império até se chegar à república, em que as políticas desenvolvidas pelos senhores, sejam os reis ou posteriormente os grandes proprietários de terras, fazendeiros, ou mesmo outros com seus títulos de nobreza, usaram do poder da autoridade as formas mais cruéis e dominadoras com relação aos mais necessitados, pobres e sobretudo, os negros, que como escravos foram tratados da mais agressiva humilhação em suas fazendas, com trabalhos pesados, sendo levados aos troncos para apanharem pelos feitores devido a qualquer causa que pudesse ter incomodado seus patrões, chegando a serem vendidos como mercadorias para trabalhos escravos a outros senhores, visto que, até suas moradas, ou seja, o lugar apenas para dormirem mesmo que sem conforto, as chamadas senzalas, provocara nos negros o desejo de fuga, de liberdade e a sonharem com um quilombo, uma nova morada, um ponto de apoio mais digno para suas vidas. Diante dessa questão convém ressaltar as mais sublimes atitudes daqueles sejam negros ou mesmo brancos que pudessem ver, conviver e sentir, entender e se solidarizarem com tantos negros vítimas da escravidão e de maus tratos usaram de suas forças, inteligências e atitudes heroicas para de alguma forma contribuírem com um novo processo de libertação, um novo sonho, uma nova luz... a abolição.

Dentre alguns heróis e heroínas, sonhadores e sonhadoras, agentes da paz e da liberdade que se propuseram a contribuírem com tão nobre feito, cabe fazer menção a Castro Alves, aquele tão jovem poeta, que tão pouco viveu, só até seus 24 anos, mas que fez seu grande ato em favor da abolição da escravatura. Utilizou do dom de escrever e por meio de suas poesias o discurso de denúncia, apelo e solidariedade aos povos negros. O Navio Negreiro, uma obra literária que de tão poética também relata o processo de condução de negros para os rumos escravocratas, além de outras de suas obras que procurava conscientizar e denunciar tão atroz situação. Castro Alves era baiano, da Bahia, estado do nordeste do Brasil, além de outros como Esperança Garcia, escrava negra que viveu no Piauí, corajosa, escreveu uma carta ao governador da Capitania do Maranhão fazendo uma denúncia sobre os maus tratos que sofria e reivindicando sua volta para a fazenda de Algodões no Piauí, e até para que sua filha também fosso batizada. Sua carta ficou assim considerada como a primeira petição escrita por uma mulher na história do Piauí, o que a tem tornado uma precursora da advocacia no estado. A professora de primeiras letras Maria Firmina dos Reis que também foi escritora, nascida em São Luis do Maranhão e que viveu grande parte de sua vida em São José dos Guimarães. Publicou em 1859 o romance Úrsula, uma obra sob tema abolicionista. Chegou a abrir uma escola gratuita e mista para crianças. Adelina, a charuteira que viveu em São Luis do Maranhão. Ela, filha de uma escrava com um senhor escravocrata, se utilizou de regalias dada pelo pai e, por vender charutos nas ruas da cidade a mandado de seu pai, aproveitava para ajudar na fuga de escravos trabalhando no anonimato numa associação de estudantes em São Luis. Maria Tomásia Figueira Lima, que de tanto sonhar com a abolição dos escravos, ajudou a fundar a Sociedade Cearense Libertadora no estado do Ceará. Francisco José do Nascimento, mas conhecido como Dragão do Mar ou Navegante Negro, também abolicionista do Ceará, foi um jangadeiro. Recusava transportar negros nos navios negreiros para serem vendido no sul do país. Luis Gama, sábio orador e escritor. Foi tornado escravo desde os 10 anos até os 17 anos, conquistou judicialmente a própria liberdade e atuou como advogado em defesa de negros escravos. André Rebolças, um abolicionista, inventor, engenheiro e também um advogado autodidata, aproveitou da influência que conquistara nos meios sociais e políticos que vivera e tonando-se uma das vozes mais importantes pela abolição dos escravos, ajudou a criar a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão. E assim, surgiram outros e outras personalidades que pregaram e pregam a paz e a liberdade fazendo brotar em nosso meio os sonhos, os desejos e as lutas por justiça social, inclusão, respeito e ideais de políticas públicas, leis em favor dos mais necessitados.

Diante das questões relacionadas e de algumas pessoas de tão respeitável valor que fizeram história na luta por direitos socias, pela abolição da escravatura, é pertinente que busquemos conhecer com mais fundamentação e empenho a história de cada um e cada uma. Que possamos nos despertar para que de alguma forma sejamos capazes de contribuir com este processo de conscientização politizando-nos e colaborando com todos os meios possíveis para combater o racismo, o preconceito, a escravidão e toda forma de domínio desumano e opressor, e assim, elevando a dignidade de nosso país.


Biografia:
Francisco Martins Silva (10 de dezembro de 1974) São Félix de Balsas – Maranhão. Reside em Uruçuí – Piauí. Professor, escritor e poeta. Compõe poemas, contos, crônicas e ensaios. É membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni – MG-Brasil, Patrono: Luiz Almeida Cruz; Membro Titular da Litteraria Academiae Lima Barreto cadeira nº 43 do Rio de Janeiro-Brasil; Membro Corresponde Imortal da Academia Luminescência Brasileira (Ciências, Letras e Artes) ALUBRA – cadeira nº 23, Araraquara – SP-Brasil, Patrono: Pio Lourenço Correa; membro correspondente da Academia de Letras e Artes de Fortaleza – ALAF – CE - Brasil, Patrona: Cora Coralina; membro da Academia Mundial de Cultura e Literatura – AMCL, cadeira nº 47, Patrono: Gonçalves Dias, Rio de Janeiro – Brasil; membro correspondente da Academia Pan Americana de Letras e Artes do Rio de Janeiro e membro do Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires - Argentina. Autor do livro Um tributo à natureza pela editora Câmara Brasileira de Jovens Escritores – RJ. Autor da peça de Teatro “Uma ciranda no bosque”. Autor da peça de Teatro “A Senhora dos Livros” da coleção Cirandas para Gostar de Ler. Autor do conto “A Barca” da coleção Cirandas para Gostar de Ler. Autor da crônica “Um abraço ao Lago das Águas Claras” da coleção Cirandas para Gostar de Ler. Autor de “Cirandas Poéticas” – Poesias, da coleção Cirandas para Gostar de Ler. Recebeu a Medalha de Mérito Literário da Litteraria Academiae Lima Barreto. Rio de Janeiro. Recebeu a Láurea troféu Maestro Wilson Dias da Fonseca pela Academia de Ciências, Letras e Artes - ALUBRA – Araraquara – SP. Recebeu o troféu Evita Perón pelo Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires - Argentina. - É Embaixador pela defesa da paz mundial, direito das mulheres e pela cultura sem fronteiras pelo Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires - Argentina. - É Comendador – Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino - SBACE – São Paulo.
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