Na ponta de um lápis está a paixão e a porta que me isola e me iguala a tanto outros, que em um papel em meio a rabiscos e borrões pode-se notar a imagem que surge tímida ainda sem forma.
Na ponta de um lápis está aquilo que existe e o que nunca existirá, a fraqueza de uma alma e a dor de um indivíduo.
No rabiscar de um velho lápis se apagam os velhos sonhos, se desenham novos caminhos e apagam-se histórias perdidas.
No borrar do papel molhado quando a água apaga aquilo que o lápis desenhou e quando que as mãos traduzem a voz do coração e a inadequação dos pensamentos lá estará um pouco de mim, mas também de ti.
No rabiscar do lápis, no borrar das águas, no molhar do papel quando os olhos de alguém com apenas um falar se propõe a elogiar certamente o papel que molhado estava seco ficará com o soprar de um novo lembrar.
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