Chame todos artistas,
Para que possamos viver nesses tempos,
E da arte, possamos fazer nossas conquistas,
Para a vida, sentimentos, ventos.
Chame todos que cantam,
Para que as notas triunfantes,
E se possível, encantam,
Conjuntos de cantos: Avantes!
Chame todos que pintam,
Para que expressem o que aconteces,
Visões, profecias, luta, horrores, ficam,
E nunca mais sermos seres que pereces.
Chame todos que atuam,
Para que suas falas, pantomima,
E que nos digam, assistam, flutuam,
E não vemos mais de baixo pra cima.
Chame todos que dançam,
Para que seus movimentos libertos,
Livrarem, livram o que somos, o que plantam,
E abrir o que somos, seres abertos.
Chame todos que escrevem,
Atira uma palavra em todas as direções,
Acertam, provocam os que ferem,
Inspiram, pessoas, revoluções.
Chame todas as pessoas,
Todo mundo nasce artista,
Pois nascem, mas ocultam, cassoas,
De quem dessa forma inteira se vista.
Por fim, chame o povo,
Sofredor, real, oprimido,
Para fazerem da resistência um mundo novo,
Sonho sempre antes contido.
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