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O homem primitivo surgiu na terra há milhares de anos e para manter o seu sustento coletava a alimentação na própria Natureza e nela fazia seu abrigo .A civilização humana segundo a arqueologia tem seu marco inicial com a pré-história e se realiza até o vigente século. O período pré-histórico não possui riquezas de informações para pesquisas por ter pouco acervo conservado sobre algum vestígio de registro escrito, manual ou artístico.
Os pesquisadores fragmentam em três ciclos na evolução humana dentro do período pré-histórico: a Idade da Pedra; a Nova Idade da Pedra e a Idade dos Metais. É denominado entre os historiadores e arqueólogos que o Período Histórico e o Período Pré-Histórico têm como início a criação da escrita em 5000 a.C. No percurso da Idade da Pedra o indivíduo vivia em uma situação nômade em que possuía alimentos da natureza e objetos feitos a parti da matéria prima desta para lazer e defesa. E na Nova Idade da Pedra um dos recursos de carne começam a ficar escassos ocasionados pelas variações do tempo quente e frio, seca e chuvas, fazendo com o indivíduo, em coletividade, voltasse para o exercício da colheita. Peças artesanais localizados, que são desse período, apontam progressos na criação de utensílios para uso cotidiano. Cícero afirma:
A primeira causa da agregação de uns homens a outros é menos a sua debilidade do que um certo instinto de sociabilidade em todos inato; a espécie humana não nasceu para o isolamento e para a vida errante, mas com uma disposição que, mesmo na abundancia de todos os bens, a leva a procurar o apoio comum. (2001 p. 9)
A indispensabilidade de estar seguro e da incapacidade da coletividade de se manter sem subsídios, leva esses coletivos a migrarem da etapa nômade para permanente em determinadas regiões específicas. O indivíduo quando sai da etapa da colheita desenvolve meios técnicos pastorais e agricultores marca a entrada da Nova Idade da Pedra. Através desse avanço de civilização, o indivíduo, em comunidade, passa a estruturar a região habitada, trabalhando o solo na irrigação, no plantio de vegetais e sementes, domesticando um percentual de animais e na elaboração de itens cerâmicos, qualificado as etapas do ciclo anual e suas estações e proporcionando uma nova ambientação local. Essas comunidades passam a ser centralizadas em si mesmas, autônomas e independentes de início, o que caracteriza o surgimento da cidade. Conforme Marx:
O trabalho é um processo entre o homem e a natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza. Ele mesmo se defronta com a matéria natural como uma força natural. Ele põe em movimento as forças naturais pertencentes à sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e mão, a fim de apropriar-se da matéria natural numa forma útil para sua própria vida”. (2005, p. 36)
A arqueologia aponta que as civilizações primárias tiveram berço em regiões litorâneas que possibilitou o desenvolvimento da agricultura e em regiões montanhosas que marcavam um território fértil com uma grande potência agrícola que marca a estruturação de uma comunidade urbana uma vez que esses locais, devidos a enchentes fluviais ocasionadas pelas chuvas, possuíam limos que são potentes fertilizantes naturais. E também o espaço aberto contribuía para remanejamento de mercadorias e de informações. A estruturação urbana contribui para o surgimento da roda e da carroceria transportadas com animais e uso de embarcações que acelerou o desenvolvimento dessas pequenas cidades.
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