MÁQUINA SEM FREIOS |
... |
orivaldo grandizoli |
Resumo: ... |
Aprendi a recolher fragmentos
de vento
que pousam suaves
sobre a decência e a nitidez da moral...
A escutar a chuva com os ouvidos das telhas
que tiram seus chapéus de barro e cinza
e tecem tiaras de gotas molhadas
enquanto durmo
ao relento
do tempo...
Aprendi a escolher as mãos a serem apertadas
quando ouço o silvo do trem da alma
partindo para os confins
muito mais
quando me afasto dos prolixos pensamentos
que ousam filosofar dentro de mim...
A amansar os cavalos da minha máquina sem freios
amando sobre a relva molhada
como os caramujos de feltro
que riem da minha face desbotada
enquanto pouso ao sol
como muso sem viés...
|
Biografia: Se a palavra vem da boca
nasci quando a genealidade marcou touca
e me pôs para cantar em voz rouca...
|
Número de vezes que este texto foi lido: 52851 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 2243.
|